O lutador brasileiro Anderson Silva vai depor nesta terça-feira à Comissão Atlética de Nevada sobre os exames antidoping que constataram a presença dos esteroides anabolizantes drostanolona e androsterona em seu organismo. Será a primeira vez que o ex-campeão dos médios vai se pronunciar oficialmente sobre o assunto.
O anúncio de que Anderson havia sido flagrado no antidoping se deu no início do mês, menos de 72 horas depois do brasileiro completar sua luta de retorno ao octógono e vencer por pontos o americano Nick Diaz. Na ocasião, o UFC anunciou que havia sido notificado pela Comissão Atlética de Nevada que o brasileiro testou positivo para drostanolona e androsterona em teste realizado no dia 9 de janeiro.
Dos três exames coletados antes da luta contra Diaz, dois deram positivo, incluindo o realizado no dia do combate, em 31 de janeiro – este, contudo, ainda não teve o resultado oficialmente divulgado. Se confirmado o doping no dia da luta, praticamente se encerram as chances de Anderson ser absolvido pelo uso de substâncias proibidas.
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Anderson sequer pediu a contraprova do primeiro exame, ao contrário do que foi informado em seu primeiro comunicado oficial (que o próprio lutador desmentiu dias depois, ao dizer que o autor da mensagem foi o seu agente Ed Soares).
Anderson Silva já foi excluído do reality show TUF Brasil 4, da Rede Globo, do qual seria um dos treinadores, e pode ser suspenso de nove meses a dois anos. Ele ainda perderia a bolsa do UFC 183 (800.000 dólares, incluindo os 200.000 dólares de bônus pela vitória) e teria o resultado da luta alterado para “sem resultado”. Seu adversário Nick Diaz também foi flagrado no antidoping, pelo uso de maconha – e também falará nesta terça à Comissão de Nevada.