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Aldo repete provocação de Romário e diz ser o ‘rei do UFC’

Após histórica apresentação contra Chad Mendes, brasileiro elogia adversário, mas ridiculariza falastrão irlandês Conor MgGregor, que sonha em destroná-lo

“O Chael Sonnen fez isso antes e também nunca ganhou nada”, disse o campeão – que, no entanto, disse aceitar um duelo com McGregor: “Toda luta interessa para mim”

José Aldo estava eufórico depois da espetacular vitória que o manteve como campeão dos penas do UFC, na madrugada deste domingo, no Maracanãzinho. Na entrevista coletiva dos lutadores que participaram do UFC 179, a quinta noitada de lutas do torneio no Rio de Janeiro, o brasileiro exaltou a atuação de seu adversário, o americano Chad Mendes, com quem travou cinco rounds emocionantes e sangrentos. “Continuo como campeão, mas o Chad ganhou muito nessa luta. Fico orgulhoso, pois todos saíram felizes com o que viram”, afirmou Aldo, de óculos escuros, para esconder os hematomas da batalha. No entanto, se o clima de rivalidade com Mendes já faz parte do passado, agora Aldo já projeta uma luta bastante desejada pelos fãs de MMA, contra o falastrão irlandês Conor McGregor.

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McGregor esteve no Rio para promover o evento e afirmou repetidamente que será ele quem vai destronar José Aldo na categoria até 66 quilos. O irlandês de 26 anos teve uma ascensão notável entre os penas e, também por causa da personalidade controversa e língua afiada, já surge como um provável desafiante para Aldo. Nada que tire o sono do brasileiro, que usou uma metáfora consagrada por seu ídolo no futebol, Romário, para ridicularizar o irlandês. “A categoria tem o rei, que sou eu, o príncipe, que é o Chad Mendes, e agora esse bobo da corte, que nunca ganhou de ninguém. O Chael Sonnen fez isso antes e também nunca ganhou nada.” O campeão, no entanto, se disse interessado em encarar McGregor: “Toda luta interessa para mim”. Antes de brigar pelo cinturão, o extravagante irlandês, que venceu todas as suas quatro lutas no UFC, terá um último teste, contra o russo radicado na Alemanha Dennis Siver, em Boston, em 18 de janeiro.

‘Sonho realizado’ – Enquanto Aldo era o retrato da alegria, Mendes, por sua vez, não tinha o semblante de um derrotado. Mesmo com o novo revés – em toda a sua carreira no MMA, ele só perdeu duas vezes, ambas para Aldo -, o californiano se disse satisfeito com seu desempenho e com o espetáculo que proporcionou. “Sinto que eu dei tudo de mim, mas cometi alguns erros, deixei ele me acertar muitas vezes. Mas, de qualquer forma, é um sonho realizado. Eu queria muito essa luta, treinei o máximo que pude e senti que estava pronto. Espero que todos que estiveram aqui tenham gostado. Quero olhar essa luta pelo lado positivo, voltar para a academia e seguir em frente. Me sinto honrado de saber que fiz parte de uma luta que ficará para a história do UFC. ” Mendes negou que o segundo fracasso na busca pelo cinturão irá desanimá-lo. Aos 29 anos, ele quer seguir firme no octógono, à espera de uma nova chance. “Eu amo lutar, faço isso desde criança e vou continuar nessa viagem. Aproveito cada segundo disso tudo.”

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Aldo acredita que, sobretudo depois da grande luta desta madrugada, não seria estranho pensar em um terceiro duelo contra Mendes em um futuro próximo. “Sei que ele tem muito potencial e nós podemos, sim, nos encontrar de novo. Na verdade, eu espero que aconteça, porque o nosso bolso vai ficar cheio”, brincou o atleta manauara. O entusiasmo dos lutadores e do público com o evento contagiou também o presidente do UFC, Dana White, que disse que Aldo e Mendes “elevaram a categoria a outro nível com uma luta inacreditável”. O chefão da franquia adiantou que o Brasil receberá sete eventos do UFC em 2015 e, em tom descontraído, deu a entender que deve trazer mais lutas ao Maracanãzinho, de acesso mais fácil de quase todas as regiões do Rio na comparação com a HSBC Arena, na Barra da Tijuca, palco dos quatro primeiros eventos do torneio na cidade. “Bom, eu amo o Rio, mas odeio o trânsito”, sorriu o americano. Ele ainda saiu pela tangente ao ser perguntado sobre quem é o melhor lutador do mundo entre todas as categorias. “Olha, não sou eu que decide isso. Mas certamente é o Aldo ou o Jon Jones.”

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