Acusado de chefiar esquema de ingressos vai para Bangu
O inglês Raymond Whelan, CEO da Match, se entregou na tarde desta segunda
(Atualizado às 21h15)
Raymond Whelan, o CEO da empresa Match acusado de chefiar um esquema ilegal de venda de ingressos de partidas da Copa do Mundo, se entregou no início da tarde desta segunda-feira à Justiça do Rio de Janeiro e foi encaminhado à Cidade da Polícia, na Zona Norte da cidade. No início da noite, foi levado ao Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, onde cumprirá prisão preventiva. O inglês de 64 anos estava foragido desde a quinta-feira passada, mas decidiu entrar em contato com a desembargadora Marília de Castro Neves Vieira, que na semana passada havia concedido o habeas corpus que o libertou depois de sua primeira prisão no Rio.
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Segundo os policiais, a desembargadora entrou em contato com o delegado responsável pela operação Jules Rimet, Fábio Barucke, e solicitou que policiais fossem buscá-lo. O escritório do advogado de Whelan, Fernando Fernandes, confirmou a informação. “O executivo Raymond Whelan está na carceragem do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Ele acabou de se apresentar à desembargadora Rosita Maria de Oliveira Netto, da 6ª Câmara Criminal, relatora do processo contra ele”, informou.
A Match divulgou nota à imprensa a respeito do caso na noite desta segunda. A empresa afirma que as vendas de ingressos “seguiram os rígidos procedimentos de segurança determinados pela Fifa”, nega qualquer irregularidade e ilegalidade na venda de pacotes de hospitalidade “efetuada diretamente” e assegura que Raymond Whelan “não cometeu nenhum ato ilegal ou irregular”. “Temos certeza de que isso será comprovado em breve pelas autoridades brasileiras”, diz a nota. Além disso, a Match se coloca à disposição para ajudar a polícia e declara que tem auxiliadoas autoridades para “identificar terceiros que estão envolvidos nessas atividades ilegais”.
Investigação – No último dia 7, a Polícia Civil do Rio prendeu Whelan no hotel Copacabana Palace. A investigação da operação Jules Rimet concluiu que Whelan tem ligação com o franco-argelino Lamine Fofana, um dos onze presos na semana passada. A Match tem direitos exclusivos para a venda de pacotes para o Mundial. Na suíte de Whelan foram apreendidos cerca de cem ingressos para a Copa do Mundo no Brasil. Um dia após sua prisão, Whelan obteve um habeas corpus e foi solto no 18º DP (São Cristóvão), na Zona Norte do Rio.
Na quinta-feira, a Justiça decretou a prisão preventiva de Raymond Whelan, no entanto, a Polícia Civil do Rio foi até o Copacabana Palace, onde estava hospedada alta cúpula da Fifa, e descobriu que o inglês fugira 15 minutos antes da chegada dos agentes.
(Com Estadão Conteúdo)