Abramovich nega proposta de quase R$ 17 bilhões pela venda do Chelsea
Pressionado por ligações com Vladimir Putin, magnata russo diz não ter pressa para negociar
Dias depois de revelar seu objetivo de vender o Chelsea, o bilionário russo Roman Abramovich, atual dono do clube, já recusou uma primeira proposta de compra do clube inglês, de 2,5 bilhões de libras (cerca de 16,7 bilhões de libras), informou nesta sexta-feira, 4, a agência de notícias britânica Reuters.
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Para auxiliá-lo no processo de venda, Abramovich contratou o cofundador de um banco de investimentos, Joe Ravitch, que diz que a procura pelo comprador ideal levará o “tempo suficiente” para que receba um valor justo. Ou seja, mesmo enrolado por suas ligações com o presidente russo Vladmir Putin, Abramovich não tem pressa. “Não vamos apressar nada. É muito importante que o Chelsea tenha o dono certo para guiar o clube”, disse Ravitch.
A invasão da Ucrânia pela Rússia gerou enorme pressão para que Abramovich fosse sancionado, já que apesar de alegações de que ele ofereceu apoio a negociações de paz entre as duas potências, o presidente do clube inglês mantém relações muito próximas com Putin, que que autorizou ação militar na Ucrânia com ataques de mísseis e a invasão de fronteiras.
Abramovich, de 55 anos, vive cercado de polêmicas e desde 2018 busca o visto de moradia no Reino Unido. Na última semana, jornais ingleses divulgaram que ele estaria impedido de morar no país. Boris Johnson, primeiro-ministro da Inglaterra, negou qualquer medida direcionada ao russo.
Dono de um patrimônio de 14,5 bilhões de dólares (mais de 74 bilhões de reais), que o colocam como a 142ª pessoa mais rica do mundo segundo a revista Forbes, construiu seu império de maneira misteriosa após o fim da União Soviética. Ele comprou o Chelsea por 140 milhões de libras (939 milhões de reais, atualmente), em 2003, época em que era governador da província russa de Chukotka — nomeado pelo próprio Putin. Desde então, o clube de Londres conquistou uma série de títulos, incluindo duas Ligas dos Campeões, o Mundial de Clubes e cinco Premier Leagues.
Segundo a imprensa inglesa, Abramovich planeja vender o clube por 4 bilhões de libras (cerca de 26,7 bilhões de reais). Sendo assim, Abramovich disse que gostaria de um comprador, que assim como ele, também priorizasse o sucesso esportivo e a satisfação dos fãs, e não apenas as receitas oriundas do clube.
De acordo com a Reuters, “é improvável que o comprador venha de países como China e Arábia Saudita” para evitar possíveis perfis controversos, principalmente no posicionamento com relação à guerra na Ucrânia.