A um ano da Copa, apenas 3 seleções já estão garantidas na Rússia
Brasil, Irã e a seleção anfitriã já estão no Mundial. Países tradicionais, como Argentina, Holanda e Portugal correm riscos de não ir à Rússia
A exatamente um ano da abertura da Copa do Mundo de 2018, na Rússia, o panorama das seleções participantes já começa a se definir. A realização de partidas na data Fifa dos últimos dias aumentou para três o número de equipes já classificadas para o Mundial: a anfitriã Rússia, o Brasil e agora o Irã. Ao mesmo tempo, reduziu a chance para outras candidatas. Restam apenas quatro jogos das Eliminatórias para cada um dos países conseguirem confirmar presença sem a necessidade de uma repescagem.
Três meses depois de o Brasil de Tite garantir vaga, o Irã também se classificou nesta semana. A equipe do Oriente Médio se destacou nas Eliminatórias Asiáticas ao ser a única participante ainda invicta e pela primeira vez vai disputar duas Copas consecutivas. Assim como em 2014, no Brasil, o elenco será conduzido pelo treinador português Carlos Queiroz, ex-Real Madrid.
O México é o país mais perto de se juntar à Rússia, Brasil e Irã na condição de classificados para o Mundial. A seleção dirigida pelo ex-técnico do São Paulo, o colombiano Juan Carlos Osorio, deve se garantir em setembro. Outros com chance de comemorar a vaga na mesma ocasião são Polônia e Alemanha.
As próximas quatro partidas para os continentes serão no fim de agosto, no começo de setembro e no início de outubro, exceto para a Oceania, onde serão mais duas rodadas de Eliminatórias. Em meados de outubro, mais 23 participantes já estarão garantidos e os demais virão das repescagens. Os europeus disputam entre si mais quatro vagas. Os dois postos restantes sairão do confronto entre um representante da América do Sul contra um da Oceania e da disputa entre uma equipe da América Central contra outra da Ásia.
A Copa do Mundo vai ficar mais desenhada a partir de novembro, quando todas as partidas das Eliminatórias terminam. No começo do mês seguinte, em Moscou, a Fifa fará o sorteio dos grupos. Já está determinado que a Rússia vai fazer o jogo de abertura em 14 de junho de 2018 no estádio Luzhniki, na capital, mesmo palco da decisão, no dia 15 de julho.
Potências em risco
As Eliminatórias mais disputadas do mundo, as da Europa, apresentam seleções tradicionais no sufoco até agora. A Holanda, por exemplo, estaria atualmente fora até mesmo de ter uma nova chance de classificação pela repescagem – está atrás de Suécia e França no Grupo A. Itália e Portugal também sofrem para conseguir a passagem direta à Rússia (são segundas colocadas em seus grupos e hoje disputariam a repescagem)
O cenário atual indica possibilidades para países que fazem campanhas históricas e vivem o sonho de disputar a primeira Copa. A última rodada da Oceania, por exemplo, confirmou a classificação de Ilhas Salomão à fase final. O arquipélago de pouco mais de 600.000 habitantes terá de medir forças com a potência continental, a Nova Zelândia. Quem levar a melhor, após dois jogos, terá de encarar na repescagem decisiva o quinto colocado da Conmebol, posto ocupado no momento pela Argentina.
Na Ásia, a Arábia Saudita tem boas chances de voltar à Copa depois de 16 anos. Boa parte do êxito se deve ao trabalho do técnico holandês Bert van Marwijk, vice-campeão mundial em 2010, na África do Sul. Outra surpresa do mesmo continente é o Uzbequistão. O país jamais disputou um Mundial e deve decidir vaga na Rússia em casa pela última rodada em um confronto direto contra a Coreia do Sul.
Na América do Sul, o novo técnico Jorge Sampaoli terá a missão de tirar a Argentina do sufoco. Atualmente, a equipe é a quinta colocada das Eliminatórias, posição que a levaria para a repescagem, com 22 pontos, apenas dois a mais que o Equador, primeiro fora da zona de classificação.
(com Estadão Conteúdo)