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Renato Augusto conta bastidores do gol perdido contra a Bélgica

Em entrevista exclusiva à PLACAR, meia relembrou fatídico lance da Copa de 2018 e disse que por muito tempo não quis assistir à jogada, nem falar sobre o assunto

O jogo entre Brasil e Bélgica na Copa do Mundo de 2018 guarda lembranças distintas para Renato Augusto. Foi a partida em que ele entrou, melhorou o time e marcou seu primeiro e único gol em Mundiais. Mas foi também uma amarga eliminação nas quartas de final de uma seleção que poderia ter ido mais longe. E a jogada que ele não esquece é o chute para fora no segundo tempo, cara a cara com o goleiro Courtois, que poderia ter empatado o jogo em 2 a 2. O meio-campista se lembra de cada detalhe e, em entrevista exclusiva à PLACAR, contou bastidores daquele lance.

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“Eu só fui falar sobre isso quando voltei ao Corinthians (em 2021). Não queria falar, era uma parada que me doía, não me sentia à vontade. Ali você vê como é que você perde como jogador, que você se prepara para aquilo, são quatro anos para chegar numa Copa do Mundo, e perde como torcedor, como brasileiro. E numa bola que você tem um segundo para definir”, disse Renato.

“Entrei no jogo, fiz o gol e eu sabia que ia ter outra oportunidade, porque o jogo estava desenhado. O Tite me pediu uma coisa, eu fiz outra, totalmente o contrário do que ele me pediu. Porque o Douglas (Costa) tinha entrado muito bem no jogo e estava aberto na direita. Eu entrei, o Tite falou: ‘fica por trás e vai alimentando o Douglas. Bola no Douglas, faz ele jogar’. Só que quando eu entrei, o lateral já estava marcando Douglas, e tinha um espaço entre o zagueiro e o lateral. E eu fui em uma bola e o Coutinho, que estava jogando do lado esquerdo, não me viu. Falei: ‘Couto, olha para mim que estou entrando sozinho’. A segunda bola, quando ele dominou, já jogou a bola em mim e eu fiz de cabeça. Falei: ‘me dá mais uma que eu vou empatar o jogo’. E foi a bola que eu já dominei e bati”.

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Segundo Renato, o tamanho do goleiro belga, que mede 2 metros, foi determinante para que ele tirasse demais do gol e acabasse chutando para fora. “Quando eu dominei, a bola ficou um pouco curta, e se dou mais um toque, os caras me fecham. Então eu tinha um segundo para bater. E eu tentei tirar mais por conta do tamanho dele (Courtois), ele é muito grande. Cara, eu tentei. Quando ele começou a cair pra cá, eu rodei. E aí a bola tirou tinta da trave e não entrou, infelizmente”.

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A edição do mês de PLACAR já está disponível na loja oficial da revista no Mercado Livre e chega às bancas de todo o país a partir da próxima sexta-feira, 20. A publicação ainda traz mais duas entrevistas de peso: com o atacante Deyverson, o maluco no pedaço do futebol brasileiro, que diz viver sua melhor versão pelo Cuiabá, e também o inigualável ídolo Zico, o grande craque da geração PLACAR, que relembrou seus 70 anos de vida em fotos na revista.

Capa da PLACAR de outubro com Renato Augusto
Capa da PLACAR de outubro: ‘E agora?’ – Reprodução/Placar 

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