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A bola fora virou hábito para o tenista Novak Djokovic

Ele não perdeu um jogo sequer em 2020, mas vive a fase mais sinistra da carreira

Novak Djokovic não perdeu um jogo sequer em 2020, mas vive a fase mais sinistra da carreira. Sua mais recente bobagem resultou na desclassificação do US Open, o celebrado torneio de tênis em Nova York. Irritado ao perder um ponto para o espanhol Pablo Carreño Busta, o tenista sérvio de 33 anos atirou uma bolinha para trás, a esmo. Seria um mero desabafo, não fosse o fato de o objeto voador ter acertado em cheio o pescoço da juíza de linha Laura Clark, que caiu no chão, sem ar. Djokovic socorreu a mulher prontamente, mas não escapou da punição máxima, a expulsão do torneio. Seus fãs protestaram — o mais covarde deles foi às redes sociais de Laura para ameaçá-la e até citou a morte precoce de seu filho, um ato abjeto condenado pelo próprio Djokovic. O número 1 do tênis pediu desculpas e disse ter tirado uma “lição para seu crescimento como jogador e ser humano”, embora esse não tenha sido o único deslize. Em junho, organizou um torneio no Leste Europeu e deu uma raquetada nos protocolos de prevenção ao confraternizar, sem máscara, com torcedores e colegas. Resultado: ele e outros três atletas foram contaminados pelo novo coronavírus. Djokovic ainda contrariou a ciência ao se declarar contra vacinas e afirmar que a Covid-19 poderia ser transmitida por 5G, entre outros disparates. De quebra, negou-se a permanecer na “bolha” do US Open. Por tudo isso, ganhou apelidos jocosos (“Djocovid” e “Novaxxx”, um trocadilho com as palavras “não” e “vacina”, em inglês) e contaminou a imagem afável que sempre cultivou.

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Publicado em VEJA de 16 de setembro de 2020, edição nº 2704

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