Sergio Ramos se aposenta da seleção espanhola e detona treinador
Zagueiro de 36 anos que ficou fora da Copa de 2022 falou sobre mérito e falta de justiça em seu anúncio de despedida
O zagueiro Sergio Ramos anunciou sua aposentadoria da seleção espanhola, aos 36 anos, nesta quinta-feira, 23. Por meio de suas redes sociais, o defensor publicou carta de despedida, em que criticou o treinador Luis de La Fuente, que assumiu o time após a Copa do Mundo de 2022, torneio para o qual o lendário defensor não foi convocado por Luis Enrique.
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Durante o texto, Ramos relatou uma suposta injustiça nas vezes em que ficou de fora das listas e afirmou ter conversado com o atual treinador antes da decisão. O zagueiro também citou Luka Modric, Lionel Messi e Pepe, jogadores de destaque veteranos que atuam em alto nível.
Ídolo do Real Madrid e atualmente no Paris Saint-Germain, Sergio Ramos fez 180 jogos com a camisa da Espanha. Durante esse período, foi campeão da Copa do Mundo de 2010 e Eurocopa de 2008 e 2012.
Confira na íntegra o comunicado de Sergio Ramos:
Chegou a hora, a hora de nos despedirmos da Seleção, nossa querida e empolgante “La Roja”. Hoje pela manhã recebi uma ligação do atual treinador que me disse não contar comigo, independentemente do nível que eu possa mostrar ou como eu continuar minha carreira esportiva.
Com muito pesar, chega-se ao fim um percurso que eu esperava que fosse mais longo e que terminasse com um sabor melhor, a par de todos os sucessos que tivemos. Acredito humildemente que esta trajetória merecia terminar por uma decisão pessoal, ou porque o meu desempenho não esteve à altura do que a nossa seleção merecia, não pela idade ou outras razões que, sem as ouvir, tenho sentido.
Porque ser jovem ou menos jovem não é uma virtude ou um defeito, é apenas uma característica temporária que não está necessariamente relacionada ao desempenho ou habilidade. Olho com admiração para Modric, Messi, Pepe… a essência, a tradição, os valores, a meritocracia e a justiça no futebol. Infelizmente não será assim para mim, porque o futebol nem sempre é justo e o futebol nunca é só futebol.
Por tudo isto, assumo com esta tristeza que quero partilhar, mas também de cabeça erguida e muito grato por todos estes anos e por todo o vosso apoio.
Levo comigo memórias, todos os títulos pelos quais lutamos e festejámos juntos, e o enorme orgulho de ser o jogador espanhol com mais convocações. Esse escudo, essa camisa e essa torcida, todos vocês, me deixaram feliz. Vou continuar a torcer pelo meu país de casa com a emoção do privilegiado que conseguiu a representar 180 vezes com orgulho. Agradeço de coração a todos que sempre acreditaram em mim!