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Morre Vialli, ídolo do futebol italiano, aos 58 anos

Atacante com passagens marcantes por Juventus, Sampdoria, seleção italiana e Chelsea lutava contra um câncer no pâncreas

O ex-jogador italiano Gianluca Vialli morreu nesta sexta-feira, 6, aos 58 anos, após longa batalha contra um câncer no pâncreas. O atacante que passou por Juventus, Sampdoria, Chelsea e seleção italiana teve morte confirmada cerca de um mês após se afastar de seu cargo de coordenador técnico da Azzurra para cuidar da saúde.

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Com duas Copas do Mundo disputadas no currículo (1986 e 1990), Vialli se tornou ídolo de times da Itália. Com a camisa da Sampdoria, fez mais de 300 jogos, onde também nutriu amizade com Roberto Mancini, atual treinador da seleção italiana. O abraço dos dois, depois do título da Eurocopa de 2020, foi uma das cenas mais marcantes daquela campanha.

Revelado pelo Cremonese, Vialli viveu seus maiores momentos em Gênova, pela Sampdoria, pela qual conquistou o scudetto de 1991, a Recopa Europeia da Uefa em 1990, e três Copas da Itália, além do vice da Liga dos Campeões de 1992.

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Comprado em seguida pela Juventus, conquistou a Champions League de 1996 pela equipe de Turim, antes de fazer companhia ao compatriota Gianfranco Zola, no Chelsea. Pela equipe de Londres, Vialli também ergueu troféus, da Copa da Liga Inglesa, da Copa da Inglaterra e da Recopa Europeia.

Centroavante oportunista e acrobático, ele somou 275 gols na carreira, sendo 141 pela Sampdoria e 16 pela seleção italiana. Em edição especial de março de 1991 sobre os grandes atacantes do mundo naquela época, PLACAR destacou a “volta por cima de Vialli”. “Duramente criticado ma Copa, o artilheiro de Gênova está de volta ao seu velho estilo: bobeou, ele marca.”

Edição de 1991 destacou Vialli entre melhores atacantes do mundo
Edição de 1991 destacou Vialli entre melhores atacantes do mundo

Vialli anunciou que tinha câncer em 2018, depois de passar por longos meses de quimioterapia. Em 2020, ele chegou a dizer que estava curado, mas a doença acabou retornando. Desde 2003, ele liderava junto do ex-jogador Massimo Mauro, a Fondazione Vialli e Mauro, que apoia a pesquisa científica e terapêutica sobre o câncer e a Esclerose Lateral Amiotrofica (ELA).

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Muito admirado por sua personalidade e bom humor, Vialli é uma das atrações da série Em Busca do Algoritmo da Felicidade, da Netflix, no qual, em meio a uma partida de golfe, ele fala sobre seu câncer, ao qual trata como um “companheiro de viagem”. Ele deixa a mulher, Cathryn, e as filhas Olivia e Sofia.

“Estou convencido de que nossos filhos seguem mais o nosso exemplo que nossas palavras e por isso tenho menos tempo de ser exemplo, pois não creio que eu vá morrer de velhice. Espero viver o mais longe possível, mas me sinto mais frágil. Neste sentido, tento ensinar a elas que a felicidade depende de sua perspectiva de vida, que devemos falar menos e escutar mais, ajudar as pessoas… para mim, este é um pouco o segredo da felicidade”, disse.

Clubes e ex-companheiros inundaram as redes sociais de homenagens a Vialli. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, também lamentou a morte via Twitter: “Não esqueceremos seus gols, seus lendários chutes de bicicleta, a alegria e a emoção que você deu a toda a nação naquele abraço com Mancini após a vitória na Euro”, escreveu. 

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