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Futebol Europeu

La Liga e Serie A: mandos em outros países viram polêmica

Ligas europeias miram novos mercados como Estados Unidos e Austrália, mas medida divide torcedores, dirigentes e atletas; entenda

Publicado por: Lucas Marques em 11/08/2025 às 18:40 - Atualizado em 11/08/2025 às 18:56
La Liga e Serie A: mandos em outros países viram polêmica
Atual campeão espanhol, Barça pode jogar nos Estados Unidos nesta temporada - Toni Albir/EFE

A LaLiga, da Espanha, e a Serie A, da Itália, estão prestes a cruzar fronteiras com jogos oficiais em outros continentes. Na tarde desta segunda-feira, 11, a Real Federação Espanhola de Futebol aprovou um jogo, válido pelo campeonato nacional, a ser disputado em Miami.

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A decisão é inédita entre as principais ligas europeias e provoca discussão. A liga espanhola planeja realizar uma partida nos Estados Unidos, enquanto os italianos querem a Austrália como sede de um de seus jogos. Se confirmadas, essas iniciativas marcarão a primeira vez em que jogos válidos por pontos das duas nações serão disputados fora de seus países de origem.

Os dirigentes justificam a medida como um objetivo de expansão global de suas marcas, buscando novos mercados de torcedores e receitas ao redor do mundo. A proposta segue passos parecidos com ligas norte-americanas como a NFL e a NBA, que já organizam partidas oficiais fora de casa para conquistar fãs ao redor do mundo. 

Barcelona e Villarreal seria o jogo histórico que marcaria essa mudança na Espanha, no Hard Rock Stadium, em Miami, no dia 20 de dezembro, em confronto válido pela 17ª rodada da temporada. 

Tentativas anteriores fracassaram, na temporada 2018/19 cogitou-se que o duelo entre Girona e Barcelona fosse disputado em Miami. Na temporada 2019/20, o confronto entre Villarreal e Atlético de Madrid chegou a ser anunciado nos Estados Unidos Porém, ambos os planos esbarraram na negativa da federação. 

A Federação Italiana de Futebol aprovou uma proposta para que o confronto entre Milan e Como, pela 24ª rodada da Serie A deste ano, seja disputado em Perth, na Austrália. O motivo é um pouco diferente, o estádio San Siro, casa do Milan, estará indisponível na época em que o jogo seria realizado por sediar a abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina. 

Sem sua arena, o clube viu a Austrália como uma solução e também uma oportunidade comercial. Essa solução só se tornou possível após uma mudança recente nas regras da Fifa, que em 2023 começou a autorizar jogos fora de seu país após um acordo judicial envolvendo a empresa Relevent Sports nos Estados Unidos.

A Premier League também já esteve nesse bolo, quando sugeriu, em 2008, a realização de uma “39ª rodada” extra fora do Reino Unido. A proposta enfrentou forte resistência de torcedores, clubes e da própria Fifa, sendo abortada com a repercussão negativa. 

Inspirações em outros esportes

A estratégia de levar partidas oficiais a outros países não é nova em esportes americanos. A NFL, liga de futebol americano, realiza jogos da temporada regular fora de casa desde 2007. Outras exibições anuais acontecem em Londres, além de edições especiais ao redor do mundo.

O modelo também é adotado pela NBA e pela MLB. A liga norte-americana de basquete já realizou partidas oficiais em cidades como Londres, Paris e Cidade do México, enquanto a MLB (beisebol) promoveu jogos em locais como Tóquio e Londres nos últimos anos.

Esses eventos internacionais geram enorme cobertura midiática e engajamento local, colocando mais forca nas marcas esportivas fora de suas bases tradicionais. 

No próprio futebol, já houve passos semelhantes, mas em contextos e campeonatos diferentes. As supercopas nacionais da Espanha e da Itália foram disputadas no exterior (como na Arábia Saudita e na China) em acordos comerciais visando novas audiências.

Interferência no campeonato?

Nem todos são a favor dessa nova iniciativa, torcedores reclamam dizendo que os jogos internacionais podem trazer desequilíbrios aos campeonatos. Ao transferir uma partida para campo neutro em outro continente, o time que deveria ser o mandante perde o fator casa, deixando de jogar diante de sua torcida. 

Outro fator crucial nos dias de hoje é que ambos os clubes enfrentam viagens longas e um desagaste fora do usual para um jogo no meio da temporada. 

Alguns dirigentes de clubes também são contrários a ideia de “exportar” jogos do campeonato. Florentino Pérez, presidente do Real Madrid, é um deles, deixando claro que “não vamos para os Estados Unidos”.  Fãs na Europa se mostram contrários a decisão, a Football Supporters Association, entidade que representa torcidas na Inglaterra, chegou a afirmar que uma eventual rodada da Premier League fora do país seria recebida “com uma entrada de carrinho com os dois pés, travas no joelho”.

Muitos atletas consideram um desrespeito aos fãs domésticos que bancam o clube levar jogos para longe deles, e chegaram a declarar que não são mercadorias a serem exploradas para fins comerciais. Embora a expansão global traga oportunidades financeiras, há um desejo de ser mantida como é atualmente.

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