De volta ao futebol europeu, aos 38 anos e com a aposentadoria cada vez mais próxima, David Luiz já começa a planejar sua vida fora dos gramados. O zagueiro que atualmente joga a Champions League pelo Pafos, do Chipre, revelou em entrevista ao jornal Gazzetta dello Sport, da Itália, que deve ser tornar técnico após pendurar as chuteiras.

“Esse será o meu futuro, de fato. Tenho pensado nisso há muito tempo. Poderia até começar no Chipre, nunca se sabe. Também escrevi meu dossiê sobre futebol e sobre a vida. Estou em um momento particular da minha carreira. O que sempre digo é que é preciso me sentir feliz, e eu estou. O futebol é tudo para mim”, disse David Luiz.

O zagueiro brasileiro voltou ao futebol europeu nesta temporada, após o fim de contrato com o Fortaleza. A equipe cipriota do Pafos estreia na Champions League e ainda briga por uma vaga na próxima fase. São uma vitória e três empates na competição, além de duas derrotas.

Em rodada dentro de casa contra o Monaco, o empate por 2 a 2 foi garantido graças ao brasileiro. Em cabeceio, David Luiz voltou a marcar na Champions League e se tornou o segundo jogador mais velho a balançar a rede na principal competição da Europa.

O trauma do 7 x 1 na Copa do Mundo

Além do futuro, David Luiz também comentou sobre o episódio mais marcante da sua carreira. O jogador relembrou a derrota e eliminação do Brasil por 7 a 1 para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014.

“Foi a pior noite da minha carreira. Jogávamos um grande futebol, mas perder de 7 a 1 dentro da nossa casa era impensável. Uma dor enorme, fiquei destruído e em lágrimas. A verdade é que não estávamos preparados para perder, nunca imaginamos uma derrota”, disse.

“No ano anterior, vencemos a Copa das Confederações contra uma Espanha cheia de craques. Contra a Alemanha, tivemos um blackout coletivo. Mesmo quando estava 3 a 0, em campo pensávamos: ‘Ok, agora vamos marcar e virar’. Em vez disso, fomos afundando ainda mais”.