Cristiano pode ser suspenso por 30 dias por fraude na época de Juventus
Astro português e outros jogadores são suspeitos de serem cúmplices de fraude fiscal quando atuavam pela Juventus
Novos desdobramentos do escândalo financeiro da Juventus foram revelados nesta semana e, desta vez, envolvendo mais de vinte atletas, entre eles Cristiano Ronaldo. O astro português, atualmente no Al Nassr, da Arábia Saudita, pode ser suspenso por até 30 dias do futebol por fraude fiscal. As informações são do jornal britânico The Mirror e do site italiano Corriere della Sera.
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Documentos revelam que jogadores, como Cristiano Ronaldo, Paulo Dybala, Giorgio Chiellini e Dejan Kulusevski teriam recebido salários diferentes daqueles anunciados pelo clube no balanço anual entre 2019 e 2020.
Isso porque em 2020, durante a pandemia da Covid-19, a Juventus anunciou um acordo de redução salarial de atletas e da comissão técnica alegando ‘problemas financeiros’. À época, os atletas aceitaram o acordo para evitar a cobrança de impostos. Segundo o Ministério Público de Turim, a redução do salário só valeu por um mês, dos quatro meses previstos no acordo.
No entanto, informações de uma “carta secreta” divulgada pelo jornal italiano Corriere della Sera revelaram que o clube italiano pagou, somente a Cristiano Ronaldo, 20 milhões de euros (cerca de 105 milhões de reais), o equivalente ao salário de quatro meses do atleta na época. Essa quantia, porém, não foi incluído no balanço anual do clube.
Caso as informações sejam comprovadas pelo órgão que investiga o caso, Cristiano Ronaldo e os outros jogadores serão punidos com 30 dias de afastamento do futebol.
Recentemente, o atacante português cumpriu dois jogos de suspensão por uma punição da época em que atuava no Manchester United, quando derrubou o celular de um torcedor do Everton. Após o cumprimento, ele estreou pelo Al Nassr no último final de semana.
Entenda o caso de escândalo da Juventus:
A Federação Italiana de Futebol (FIGC, na sigla original) anunciou na última sexta-feira, 20, punição a Juventus com a perda de 15 pontos no Campeonato Italiano por conta das novas informações sobre o escândalo financeiro que envolveu o clube.
Além dos pontos, também foram punidos 11 dirigentes com envolvimento direto com o clube italiano: o ex-diretor Fabio Paratici, atualmente no Tottenham o ex-presidente Andre Agnelli, além de Maurizio Arrivabene, ex-chefe da equipe Ferrari na Fórmula 1 e executivo do clube. Outro nome relevante é o do ex-jogador checo e ex-vice-presidente Pavel Nedved.
A investigação corre desde 2021 devido a 42 transferências sob suspeita de irregularidades. Em novembro, o jornal italiano La Gazzetta dello Sport afirmou que, caso confirmados, os crimes financeiros poderiam levar novamente o clube à segunda divisão, além de anularem o título italiano da temporada 2019/20.
A promotoria da federação abriu inquérito na última semana para apurar, ao todo, 62 negociações irregulares durante 2019 e 2021 – 2 delas seriam da Juventus, a principal delas a transação que envolveu a compra do volante brasileiro Arthur do Barcelona por 72 milhões de euros (442 milhões de reais na cotação da época), com a cessão do bósnio Miralem Pjanic.