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Com boneco enforcado, Vinicius Jr é vítima de ameaça em Madri

Inaceitável atitude de um grupo de torcedores do Atlético antecedeu dérbi pela Copa do Rei desta quinta-feira

Vítima de diversos insultos em todos os jogos como visitante do Real Madrid, Vinicius Júnior foi o centro de mais ataques violentos, nas vésperas do clássico diante do Atlético de Madri, nesta quinta-feira, 26, pela Copa do Rei, a partir das 17h. Em uma ponte em frente ao CT do time merengue, foram penduradas uma faixa com a frase “Madri odeia o Real” e um boneco enforcado, com a camisa do brasileiro.

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De acordo com o jornal Marca, o grupo suspeito da autoria é a torcida Frente Atlético, que utiliza o lema em provocações. Outros pontos da cidade também registraram a frase, mas sem o ato inaceitável de ameaça ao atacante brasileiro.

O Real Madrid divulgou um comunicado oficial sobre o que considerou um “lamentável e repugnante ato de racismo, xenofobia e ódio” contra o Vinicius. “Manifestamos a nossa mais firme condenação a acontecimentos que atentam contra os direitos fundamentais e a dignidade das pessoas, e que nada têm a ver com os valores que o futebol e o desporto representam”, diz trecho da nota.
 
“Estas agressões como as que sofre agora o nosso jogador, ou as que qualquer atleta pode sofrer, não podem ter lugar numa sociedade como a nossa. O Real Madrid está confiante de que todas as responsabilidades daqueles que participaram de um ato tão desprezível serão expurgadas”, completou o clube. 

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LaLiga, por sua vez, também repudiou o incidente e prometeu punições.  “Condenamos energicamente os atos de ódio contra Vinicius Jr. A intolerância e a violência não cabem no futebol. Como em ocasiões anteriores, La Liga instalará investigação dos fatos em busca da condenação dos responsáveis, solicitando sanções penais severas.”

O Atlético de Madri também se pronunciou e disse que “fatos como esse são absolutamente repugnantes e inadmissíveis e constrangem a sociedade. A nossa condenação de qualquer ato que atente contra a dignidade de pessoas ou instituições é contundente e categórica. A rivalidade entre os dois clubes é máxima, mas também respeito. Nenhum indivíduo, quaisquer que sejam suas intenções ou cores, pode manchar a convivência entre as torcidas. É responsabilidade de todos evitá-lo.”

O Atlético ainda informou desconhecer “o autor ou autores desse ato desprezível, mas o anonimato não isenta sua responsabilidade. Esperamos que as autoridades possam esclarecer o ocorrido e que a justiça ajude a banir esse tipo de comportamento.”

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Vinicius Júnior é alvo constante de hostilidades rivais nos últimos meses, o que segundo o técnico Carlo Ancelotti tem afetado seu rendimento  em campo. “Todo mundo o pressiona: fãs, rivais, árbitros… A verdade é que não sei por que isso acontece, porque ele se dedica a brincar. Ele se afeta, mas é jovem e certamente vai melhorar neste aspecto. Ele é um rapaz muito sensível e falo com ele para que esteja concentrado. Queremos que seja mais respeitado”, disse o italiano.

Entre esses insultos, há uma parcela relevante de ataques racistas, como já aconteceu no próprio clássico contra o Atlético, em setembro de 2022, no Estádio Cívitas Metropolitano, pelo Campeonato Espanhol.

Na ocasião, os ataques começaram com falas da imprensa espanhola, que condenaram as danças do brasileiro e o compararam a um macaco. Outro combustível foi a fala de Koke, que tratou com normalidade uma confusão em caso de comemoração descontraída do atacante madridista.

A própria La Liga já protagonizou uma rusga com o brasileiro. Aconteceu quando Javier Tebas, presidente da organização, falou para o jogador “se informar melhor” após Vini ter denunciado cânticos racistas da torcida do Valladolid, em jogo de 30 de dezembro do ano passado, e dito que a liga não tem feito o suficiente para punir o preconceito. 

Vinicius Júnior e Rodrygo, do Real Madrid, dançando -
Ano passado, Vinicius Júnior foi vítima de racismo e ‘bailou’ diante do Atlético, junto do compatriota Rodrygo
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