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Bons desempenhos, polêmicas e rescisões: o repetitivo ciclo de Sampaoli

Ex-treinador de Santos e Atlético-MG, técnico argentino pediu demissão Olympique por roteiro já conhecido; quem irá apostar novamente nele?

Os trabalhos do técnico argentino Jorge Sampaoli, 62 anos, aparentam um visível carimbo mesmo antes de seus começos: o da data de validade. Não falta desempenho dentro de campo, mas também sobram desgastes e exigências nos bastidores. Na última sexta-feira, 1º, após um ano e quatro meses, chegou ao fim a passagem do treinador pelo Olympique de Marselha. De volta ao mercado, quem apostará no treinador agora?

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Sampaoli surpreendeu ao pedir para deixar o clube francês mesmo após conquistar o segundo lugar no último Campeonato Francês e a vaga na próxima na Liga dos Campeões.

O motivo, de acordo com veículos franceses, seria a insatisfação com a falta de movimentação do clube no mercado de transferências. Foi assim por Sevilla, Santos, Atlético-MG nos últimos três anos.

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O trabalho mais longevo da carreira do treinador foi o de três anos à frente da seleção chilena, entre 2013 e 2016. Em julho daquele ano, após uma intensa novela para deixar a seleção, assumiu o Sevilla.

O começo ofensivo deu lugar ao adeus dez meses depois. Deixou a equipe espanhola para assumir a seleção argentina e, posteriormente, acabou demitido após fraca campanha na Copa de 2018.

Chegou ao Santos para a temporada de 2019, mas pediu para deixar o clube ao final. Na Vila Belmiro, por sinal, nem havia completado um mês e já ameaçava publicamente abandonar o barco caso não tivesse os seus pedidos atendidos.

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O saldo foi positivo: 63 jogos, 35 vitórias, 13 empates e 15 derrotas, mas, novamente, o desgaste pessoal por fortes exigências por reforços e a insatisfação com os investimentos da equipe pesaram na decisão do argentino.

Sampaoli, vice-campeão brasileiro: ele não quis ficar no Santos
Sampaoli, vice-campeão brasileiro: ele não quis ficar no Santos –

A saída foi protagonizada por uma queda de braço com a diretoria e a despedida, em tom polêmico. “O próximo ano será muito difícil para o Santos. Jogará o Paulista, o Brasileirão, a Copa do Brasil e a Libertadores. Penso, com chance de me equivocar, que algumas circunstâncias estruturais não me permitiram setor com comodidade”, escreveu ao se despedir do clube.

O roteiro quase sempre parecido tem se tornado uma frequente nos trabalhos do treinador. Seu último trabalho antes de aceitar a proposta do Olympique de Marselha havia sido o Atlético-MG, entre março de 2020 a fevereiro de 2021.

Pela Argentina uma amarga demissão em 2018 -
Pela Argentina uma amarga demissão em 2018 –

Jorge Sampaoli esteve à frente do time mineiro em 43 jogos, sendo 24 vitórias, 8 empates, 11 derrotas e 62% de aproveitamento. Também deixou um lastro de desafetos e exigências.

Agora, o treinador volta ao mercado e a mira dos clubes. O tempo dirá o quanto os seus últimos trabalhos afastaram ou o aproximaram dos antigos pretendentes.

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