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Zico, o pioneiro: ‘O futebol já é parte da cultura japonesa’

Ídolo do Kashima Antlers nos anos 1990, o ex-craque da seleção foi decisivo para ajudar a fazer a modalidade explodir no país asiático. E hoje ele comemora os frutos daquele trabalho

“Hoje o futebol está totalmente enraizado no Japão. Já é uma situação concreta. Há muito mais campos, por exemplo. Até o futsal ganhou mais espaço. O futebol passou a fazer parte da cultura japonesa”

Talvez seja exagero dizer que Arthur Antunes Coimbra, o Zico, represente para o futebol japonês o mesmo que Charles Miller significou para o brasileiro. O futebol já existia no Japão antes da chegada do ídolo brasileiro, em 1991, para jogar no Kashima Antlers. É inegável, no entanto, que o ex-craque da seleção brasileira e do Flamengo é a figura mais importante da história da modalidade no país asiático. A partir do sucesso do camisa 10 no Kashima, a liga japonesa cresceu, evoluiu e conquistou legiões de fãs. De quebra, esse desenvolvimento ainda ajudou a transformar a seleção japonesa numa equipe respeitável no cenário internacional. O Japão é, além do Brasil, a única nação já classificada para a Copa do Mundo de 2014. O time treinado pelo italiano Alberto Zaccheroni virá ao Mundial já acostumado a jogar em gramados brasileiros – afinal, como campeã asiática, a equipe é uma das participantes da Copa das Confederações. No sorteio da tabela, os japoneses foram presenteados com a chance de fazer o jogo de abertura, no sábado, no Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha, justamente contra a seleção brasileira. Para Zico, que já viveu a inusitada situação de encarar o Brasil como técnico do Japão, no Mundial da Alemanha, em 2006, os adversários asiáticos deste fim de semana ainda não são uma grande ameaça aos brasileiros – mas, graças à inspiração dos pioneiros estrangeiros como Zico, a seleção está em franca evolução, conforme ele explica na seguinte entrevista ao site de VEJA.

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Duas décadas se passaram desde sua ida ao Japão. Qual é o estágio atual do futebol do país? Hoje, sem dúvida, ele é o melhor da Ásia. Não é por coincidência que catorze atletas da seleção japonesa jogam na Europa, muitos como titulares dos seus times. No meu tempo, tanto de jogador como de treinador, alguns jogadores iam para a Europa, mas jogavam só uns 5 minutos, apenas para ajudar o clube a arrumar contrato de publicidade. Agora é bem diferente. Há vários jogadores em times grandes, como Manchester United (Shinji Kagawa), Inter de Milão (Yuto Nagatomo) Stuttgart (Shinji Okazaki), Bayer Leverkusen (Hajime Hosogai)… Houve uma evolução grande. O pioneiro foi o Hidetoshi Nakata, que para mim foi um dos maiores da história do futebol no Japão. Ele jogou no Perugia (1998-2000) e depois foi para a Roma (2000-2001). Foi campeão e se tornou um grande ídolo. Mas aquilo foi num tempo em que tudo era muito diferente.

Qual é o estilo de jogo praticado pelos japoneses atualmente? A maior Influência veio dos grandes craques que foram jogar lá, tanto do Brasil e do resto da América do Sul como da Europa. Jogaram lá, ainda em grande fase, caras como Leonardo, Zinho, Jorginho, Careca, Muller, Dunga, César Sampaio, Evair… Muita gente boa. Os japoneses viam esses caras jogando todo domingo e fazendo o esporte crescer. Então a influência é inegável. Os europeus até tiveram mais entrada no mercado deles por causa da maior visibilidade da Europa no Japão. Mas a maior influência foi mesmo a sul-americana – a J-League também teve muitos argentinos, como Ramón Diaz e Ardiles. Com tudo isso, os japoneses passaram a jogar com mais técnica e mais iniciativa, mas mantiveram a velocidade natural deles.

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A tabela da Copa das Confederações

GRUPO A

  • Brasil
  • Japão
  • México
  • Itália

GRUPO B

  • Espanha
  • Uruguai
  • Taiti
  • Nigéria

FASE DE GRUPOS

  • 15 de junho 16:00
    • Brasil
    • Japão

    Brasília Estádio Nacional

  • 16 de junho 16:00
    • México
    • Itália

    Rio de Janeiro Estádio do Maracanã

  • 19 de junho 16:00
    • Brasil
    • México

    Fortaleza Castelão

  • 19 de junho 19:00
    • Japão
    • Itália

    Recife Arena Pernambuco

  • 22 de junho 16:00
    • Japão
    • México

    Belo Horizonte Estádio Mineirão

  • 22 de junho 16:00
    • Itália
    • Brasil

    Salvador Arena Fonte Nova

  • 16 de junho 19:00
    • Espanha
    • Uruguai

    Recife Arena Pernambuco

  • 17 de junho 16:00
    • Taiti
    • Nigéria

    Belo Horizonte Estádio Mineirão

  • 20 de junho 16:00
    • Espanha
    • Taiti

    Rio de Janeiro Estádio do Maracanã

  • 20 de junho 19:00
    • Uruguai
    • Nigéria

    Salvador Arena Fonte Nova

  • 23 de junho 16:00
    • Uruguai
    • Taiti

    Recife Arena Pernambuco

  • 23 de junho 16:00
    • Nigéria
    • Espanha

    Fortaleza Estádio Castelão

SEMIFINAL

  • 26 de junho 16:00
    • Primeiro do grupo A
    • Segundo do grupo B

    Belo Horizonte Estádio Mineirão

  • 27 de junho 16:00
    • Primeiro do grupo B
    • Segundo do grupo A

    Fortaleza Estádio Castelão

DISPUTA DE 3° LUGAR

  • 30 de junho 13:00
    • Perdedor da semifinal 1
    • Perdedor da semifinal 2

    Salvador Arena Fonte Nova

FINAL

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  • 30 de junho 19:00
    • Vencedor da semifinal 1
    • Vencedor da semifinal 2

    Rio de Janeiro Estádio do Maracanã

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