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UFC Rio 3: imbatível, Anderson brinca, provoca e nocauteia

Rival nunca tinha sido nocauteado. O supercampeão quebrou outra marca – e com extrema facilidade, baixando guarda antes de atropelar logo no round inicial

Na penúltima luta da noite, Minotauro venceu por finalização no segundo assalto, dando uma aula de jiu-jitsu e levando a torcida à loucura

Anderson Silva provou, mais uma vez, que é imbatível. Depois de vencer os principais nomes de sua categoria (a dos médios), o brasileiro subiu para os meio-pesados para salvar o UFC 153, na madrugada deste domingo, no Rio de Janeiro. Enfrentou um rival experiente, resistente e maior que ele – e que jamais tinha sido nocauteado. Nada disso foi obstáculo para que o supercampeão conseguisse mais uma façanha inédita, derrotando o americano Stephan Bonnar logo no primeiro assalto, com extrema facilidade. A superioridade do maior lutador do planeta é tão assombrosa que Anderson se deu ao luxo de deixar um oponente com envergadura superior à dele acertá-lo de guarda baixa. O brasileiro também provocou, permanecendo contra a grade para se oferecer ao adversário. Quando seus treinadores gritaram pedindo que ele não se arriscasse tanto, Anderson se virou para eles, fez gestos com a mão e pediu calma, pois sabia o que estava fazendo. E quando decidiu encerrar a brincadeira, acertou uma joelhada no abdome do americano, fez Bonnar desabar e encerrou a luta com uma série de murros. Anderson segue invicto no UFC – e continua sem adversários credenciados a derrotá-lo.

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Na penúltima luta da noite na HSBC Arena, Rodrigo Minotauro Nogueira voltou a dar show depois de perder para Frank Mir no UFC 140, em dezembro de 2011. Na madrugada deste domingo, o brasileiro, que aceitou o desafio de enfrentar o americano Dave Herman com apenas três meses de preparação, venceu por finalização no segundo assalto, dando uma aula de jiu-jitsu. Apesar de estar fora do auge de sua forma física, já que entrou no card de última hora, Minotauro, lutando a menos de dois quilômetros de sua casa, tomou a iniciativa do combate e dominou o americano, muito mais jovem. Herman tinha dito que o jiu-jitsu não funcionaria contra ele. Minotauro fez questão de usar sua técnica na modalidade para vencer. Assim como no primeiro UFC Rio, em agosto de 2011, quando nocauteou Brendan Schaub, Rodrigo Minotauro contou com o apoio maciço da torcida, que gritava: “O campeão voltou”.

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Murros e aplausos – O brasileiro Glover Teixeira estava treinando para enfrentar Rampage Jackson no UFC Rio 3, neste sábado, mas o americano se lesionou e Fábio Maldonado aceitou assumir o desafio. Na luta que antecedeu o confronto entre Rodrigo Minotauro e Dave Herman, Glover começou mais agressivo, castigou o adversário com vários murros, mas no fim do primeiro round balançou com um golpe de Maldonado. O médico precisou entrar no octógono no meio do segundo round para garantir que Maldonado tinha condições de continuar no combate. No intervalo do segundo para o terceiro round, no entanto, não houve jeito: os médicos não deixaram Maldonado voltar para a luta e Glover Teixeira ficou com a vitória. “Ele não é humano”, elogiou o vencedor ao comentar o número de murros que Maldonado recebeu. Em seguida, pediu aplausos ao oponente.

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Antes do duelo brasileiro pelos meio-pesados, a HSBC Arena foi palco de uma luta duríssima. O brasileiro Erick Silva chegou para seu combate sonhando com uma vitória que o faria subir de patamar na categoria meio-médio, mas parou na força do americano Jon Fitch, que o castigou durante boa parte da luta e venceu por pontos. Erick teve enorme resistência e garra e levantou a torcida ao resistir aos repetidos golpes de Fitch, muitos deles na cabeça. Mas seu esforço não foi suficiente para superar o americano na opinião dos juízes – Fitch foi declarado o vencedor. No combate anterior, entre meio-pesados, outro americano, Phil Davis, também dominou um brasileiro, Wagner Caldeirão, vencendo por finalização no segundo round. Caldeirão teve o incentivo da torcida durante todo o combate, mas não resistiu ao bom jogo de chão do americano, que apresentou boa técnica aliada a um excelente preparo físico.

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Vitórias brasileiras – O paulista Demian Maia abriu o card principal em grande estilo. Em sua segunda luta depois de baixar para a categoria meio-médio, Demian conseguiu pela segunda vez uma finalização logo no primeiro round. A vítima desta vez foi Rick Story, dominado desde o início da luta. Demian apostou no jiu-jitsu, sua especialidade, para derrotar o americano. A finalização fez a plateia na arena gritar, em coro, o nome da modalidade, a grande arma dos atletas do país no MMA. No card preliminar, o Brasil começou com a vitória de Marcelo Cristiano contra Reza Madadi, por decisão dos juízes. A primeira derrota do país veio na luta seguinte, com o americano Chris Camozzi vencendo Luiz Cané, também por decisão. Em seguida, Serginho Moraes venceu Renée Forte por finalização, Diego Brandão bateu Joey Gambino, Gleison Tibau superou Francisco Massaranduba e, na última luta do card preliminar, Rony Jason conseguiu o primeiro nocaute da noite contra Sam Sicilia, levantando a torcida com um desempenho convincente.

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