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UFC Rio 3: ‘Ainda tenho fome de lutar’, avisa Minotauro

Ídolo brasileiro foi chamado de ‘impressionante’ e ‘guerreiro’ por Dana White

“Para mim também é muito emocionante lutar na mesma noite do Anderson. Luto melhor quando luto com ele, e treino melhor quando a gente treina junto”

Sempre que a imprensa se reúne em torno de Rodrigo Minotauro surge uma inevitável pergunta: “Quando vem a aposentadoria?”. E o mesmo se repetiu na madrugada deste domingo, durante a entrevista coletiva concedida depois do UFC Rio 3, no HSBC Arena. A resposta é fatalmente a mesma: não tão cedo. “Ainda tenho fome e sede de lutar. Posso sair e lutar como campeão, ainda estou bem”, enfatizou o lutador, que esta noite deu mais uma prova de superação ao finalizar o americano Dave Herman. “Quero voltar a lutar no Brasil no ano que vem”, reiterou ele, mesmo sem a confirmação de quando ou onde deve ser o próximo evento do UFC no país.

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Minotauro lembrou o braço direito quebrado em sua última luta, contra Frank Mir, no fim do ano passado. “Tive uma recuperação muito dura. Demorei mais de um mês para conseguir colocar um garfo de comida na boca”, conta ele, que ainda hoje precisa fazer uma hora e meia de fisioterapia diariamente. A performance do lutador de 36 anos contra o adversário de 28 anos impressionou até Dana White, presidente do UFC. “Minotauro é impressionante. Ele acabou de colocar esses parafusos no braço (são 16 pinos). Ele precisou se apoiar em mim na pesagem para tirar a roupa. Achei que ia ser uma luta muito difícil para ele. Esse cara é um guerreiro, e é uma honra ter Minotauro lutando no UFC.”

Anderson Silva também foi só elogios ao amigo, que estava com ele quando recebeu o convite do UFC para voltar a lutar em casa. Também passaram juntos as horas antes de entrar no octógono. “Temos uma relação de família. Toda vez que ele luta fico super nervoso e emocionado. Mas é natural, porque é como se alguém da minha família estivesse lá”, contou Spider, confessando em seguida que precisou da ajuda da equipe para retomar a concentração e lutar logo depois de Minotauro – que o esperava para um abraço de incentivo. “Para mim também é muito emocionante lutar na mesma noite do Anderson. Luto melhor quando luto com ele, e treino melhor quando a gente treina junto”, completou o peso-pesado.

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Na apresentação exibida minutos antes da luta, Dave Herman disse que não acreditava no jiu-jitsu e que não temia ser finalizado. Mas foi. E Minotauro se sentiu satisfeito em quebrar o jejum de quatro anos sem finalizar um adversário. “Entrei nessa luta para vencer. E teve um gosto especial terminar com jiu jitsu, que é uma arte marcial brasileira”, declarou ele, lembrando que atualmente o lutador que não treina jiu-jitsu leva desvantagem. À medida que o dia do confronto se aproximava, Dave Herman aumentou o tom provocativo. Minotauro evitou revidar. Disse apenas, semanas antes, que calaria a boca do adversário com um soco. Nesta noite, fez muito mais. “Lá dentro a luta é outra”, resumiu.

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