O próximo ano deve ser marcado por ainda mais eventos que 2013, consolidando ainda mais o Brasil como grande meca do MMA
Depois de uma ausência de mais de uma década, o UFC voltou ao Brasil em 2011, prometendo investir para transformar o país em uma das grandes potências do MMA no mundo. A ideia era transformar o Brasil no segundo maior mercado do torneio, tomando o espaço do Canadá (os Estados Unidos são indiscutivelmente o principal centro da modalidade). E Dana White e seus sócios já podem comemorar, pois atingiram o objetivo em pouco mais de dois anos, um prazo menor do que muitos esperavam. Na noite deste sábado, em Goiânia, o UFC realiza seu último evento do ano no país, com Vitor Belfort lutando contra o americano Dan Henderson. É o sétimo evento em território brasileiro na temporada, que fica marcada como o ano da expansão da modalidade pelo país. E para quem acha que o número de eventos realizados em 2013 foi alto, os organizadores do UFC avisam: esperam realizar pelo menos dez noites de lutas por aqui em 2014, mesmo com a realização da Copa do Mundo no Brasil.
Após realizar seu primeiro evento no retorno ao país há dois anos, o UFC usou 2012 para avaliar a recepção dos torcedores e planejar seu futuro neste mercado. E a resposta foi a melhor possível. As três noites de lutas do ano passado tiveram os ingressos esgotados e o público acompanhou de perto atletas consagrados como Anderson Silva, José Aldo e Wanderlei Silva. Para 2013, a promessa era aumentar o número de confrontos e migrar para outras cidades, estratégia usada em vários países – e uma forma de conquistar um público que não acompanha as lutas pela televisão, mas se interessa pelo esporte quando o UFC desembarca em sua cidade. Além de Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo, o torneio passou por Jaraguá do Sul, Fortaleza e Barueri. O show que teve menor procura de ingressos foi o quarto no Rio de Janeiro, em agosto, quando era possível encontrar alguns locais vazios na arquibancada.
Antes mesmo da conclusão da temporada, Dana White já avisava que pretendia promover treze noites de lutas no Brasil em 2014. A empolgação do presidente do torneio foi contida pelos outros executivos, que reduziram um pouco a expectativa até por causa da realização da Copa no Brasil. Uma possível estratégia seria aproveitar o burburinho que o megaevento traz ao país para promover ainda mais o MMA, assim como o UFC já faz nos Estados Unidos ao organizar grandes combates no fim de semana do Super Bowl, a badalada final do futebol americano. Especulações à parte, o certo é que o próximo ano deve ser marcado por ainda mais eventos que 2013, consolidando ainda mais o Brasil como grande meca do MMA. Alguns executivos do torneio já garantem que o país ultrapassou o Canadá na quantidade de fãs, mas avaliam que o mercado local precisa crescer ainda mais para se tornar a segunda potência do esporte também na parte financeira.