UFC 162: Roger Gracie luta para preservar legado familiar
Brasileiro é um dos herdeiros do clã que aperfeiçoou o jiu-jitsu e criou o torneio
“Sei que meus familiares fizeram história. Agora, pretendo traçar meu próprio caminho”, diz Roger Gracie
O UFC completará 20 anos em novembro – e a franquia tem muito a agradecer ao brasileiro Rorion Gracie, que criou o torneio em 1993, para mostrar que o jiu-jitsu aperfeiçoado por sua família era uma das modalidades de luta mais eficazes do mundo. Ele conseguiu comprovar sua tese através do sucesso de seu irmão mais franzino, Royce Gracie, que derrotou gigantes com belas finalizações, quebrando os braços de adversários até 30 quilos mais pesados. Ao longo dessas duas décadas, porém, o UFC deixou de ser um embate entre diferentes estilos de lutas e virou uma competição de MMA. Os Gracie acabaram perdendo espaço no torneio. Neste sábado, em Las Vegas, o clã volta a ser representado no UFC com a estreia de Roger Gracie na franquia. Depois de um bom retrospecto no extinto Strikeforce, onde conseguiu quatro vitórias e uma derrota, ele encara o americano Tim Kennedy, pela categoria peso-médio, no hotel e cassino MGM Grand. A principal luta da noite será entre Anderson Silva e o americano Chris Weidman, também pelos médios. O duelo será transmitido ao vivo apenas pelo Canal Combate, mas a TV Globo passará as principais lutas, mais uma vez, com atraso de pelo menos 30 minutos.
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Roger, carioca, 31 anos, sabe que vai carregar uma enorme responsabilidade ao octógono no UFC 162. Segundo ele, porém, é preciso escrever sua própria história no torneio. “Procuro não ficar pensando em tudo aquilo que minha família fez no passado. Tenho é que me concentrar na minha próxima luta. Sei que meus familiares fizeram história. Agora, pretendo traçar meu próprio caminho”, disse o atleta na quinta-feira, ao ser questionado sobre a primeira chance de lutar num evento criado por sua família. Sua principal aposta no sábado será, obviamente, o jiu-jitsu da família Gracie. O brasileiro deve usar todo seu conhecimento de faixa-preta e aproveitar seu excelente domínio da “arte suave” para finalizar o perigoso Tim Kennedy, que também estreia no UFC, também vindo do Dtrikeforce. Empolgado com a luta deste sábado, Dana White, presidente do UFC, comemorou a volta de um representante do clã pioneiro ao torneio. “Eu e o UFC temos um enorme respeito pelos Gracie. É preciso dizer que não estaríamos aqui se não fosse por eles”, lembrou o chefão, que faz questão de manter uma boa relação com Rorion Gracie. Se vencer neste sábado, Roger Gracie tem tudo para entrar no ranking dos dez melhores lutadores da sua categoria.