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UFC 157: Dana, quem diria, ironiza astros e elogia pioneiras

O chefão do UFC reclamou da luta decepcionante entre Lyoto e Henderson. E apontou a conduta das mulheres – dentro e fora do octógono – como exemplo

“Elas acordavam às 5 da manhã para cumprir todas as obrigações”, elogiou o chefão do UFC, pouco antes de disparar palavrões contra os lutadores famosos que faltam ou se atrasam para os compromissos marcados pela franquia

O presidente do UFC, Dana White, tem fama de durão, mas não resistiu à sedução das mulheres. Se há pouco mais de um ano ele rejeitava publicamente a hipótese de abrir as portas da franquia às lutas femininas, na madrugada deste domingo, depois do UFC 157, ele usava as atletas da modalidade como exemplos de conduta para os marmanjos – tanto dentro do octógono, onde elas roubaram a cena, como fora dele, por causa do profissionalismo que muitos ídolos do MMA ainda não exibem. Na entrevista coletiva concedida pouco depois dos combates, no Honda Center, em Anaheim, na Califórnia, o chefão do UFC criticou a principal luta masculina do card principal, entre o brasileiro Lyoto Machida e o americano Dan Henderson. Ao mesmo tempo, comemorou a grande aceitação do público à entrada das mulheres no evento e festejou o espetáculo dado por Ronda Rousey e Liz Carmouche. Orgulhoso, o executivo anunciou que todos os ingressos para o UFC 157 – 15.525 bilhetes no total – foram vendidos. Foi o sexto evento realizado pela franquia na arena de Anaheim. Nenhum outro tinha chegado ao patamar de 15.000 pessoas.

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Ao comandar a entrevista coletiva ao lado dos atletas, Dana White não escondeu sua insatisfação com dois astros veteranos da companhia. Lyoto e Henderson, segundo ele, fizeram uma luta chata, em que, durante boa parte do tempo, “ninguém fez nada”. Lembrando que todos esperavam muito do combate, o chefão disse concordar com a polêmica decisão dos jurados, que deram a vitória ao brasileiro. “Deu Lyoto. Mas por muito pouco”, afirmou, de forma ríspida. Dana White também confirmou que Lyoto será o próximo desafiante do campeão dos meio-pesados (Jon Jones ou Chael Sonnen, que se enfrentam em abril), mas não mostrou muita empolgação. Henderson, que saiu do octógono dizendo que tinha vencido a luta, “só que não oficialmente”, e acusou Lyoto de “fugir durante o combate inteiro”, deixou a entrevista coletiva sem falar nada, antes mesmo que ela terminasse. Lyoto lamentou não ter dado o espetáculo que os fãs queriam ver, mas deixou claro que seguiu à risca sua estratégia (“Ficar distante da mão direita dele e evitar a luta no chão”) e que se considera o legítimo vencedor. “Eu venci porque mantive a luta como quis. Agora quero disputar o título.”

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O humor de Dana White mudou completamente quando foi a hora de comentar o duelo histórico entre Ronda e Liz. O presidente da franquia se disse plenamente satisfeito com todos os aspectos do evento – desde a presença de público e venda de pacotes pay per view até a qualidade da apresentação das duas atletas, passando pela dedicação que ambas tiveram à promoção da luta e à ampliação do interesse pelo evento em função da escalação das mulheres no card. O UFC, que não esconde seu projeto de roubar o espaço de outras modalidades e conquistar cada vez mais fãs, comemorou o fato de a primeira luta feminina ter recebido cobertura destacada na grande imprensa americana, incluindo jornais, revistas, emissoras e sites que não costumam acompanhar o MMA. Dana White também manifestou sua gratidão às lutadoras, que gravaram inúmeros vídeos promocionais e fizeram dezenas de entrevistas – e ainda assim não deixaram de treinar forte para a luta. “Elas acordavam às 5 da manhã para cumprir todas as obrigações”, elogiou, pouco antes de disparar palavrões contra os lutadores famosos que faltam ou se atrasam para os compromissos marcados pela franquia. Pelo que se viu depois da luta, as mulheres chegaram para ficar no UFC – se depender de Dana White, aliás, elas podem até começar a ofuscar os homens.

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