Seedorf chora e valoriza o primeiro título erguido no Brasil
Craque holandês do Botafogo elogiou grupo por superar problemas internos
“Agradeci ao Seedorf pela pessoa que ele é. Sem ele, essa conquista teria sido muito mais difícil”, disse o técnico Oswaldo de Oliveira
Ele tem 37 anos, já disputou Copa do Mundo e tem nada menos que quatro medalhas de vencedor da Liga dos Campeões em casa. Ainda assim, Clarence Seedorf chorou com um título que muita gente não valoriza: o de campeão do Estadual do Rio de Janeiro. Depois da vitória do Botafogo, 1 a 0 contra o Fluminense, no domingo, no modesto Estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, o holandês que liderou o clube em sua campanha vitoriosa foi o mais abraçado e reverenciado na festa do elenco. “É mais uma grande emoção na minha vida profissional. Dedico o título à minha família. Estou muito emocionado e cada título que eu conquistei até hoje tem algo diferente, cada um é sentido de uma forma”, contou. Enquanto tentava conter as lágrimas de emoção pelo título antecipado, Seedorf era aplaudido de pé pelos torcedores botafoguenses, mesmo depois de perder um pênalti quando o Botafogo já vencia a final da Taça Rio. Campeão por onde passou na vitoriosa carreira, Seedorf ainda não tinha conquistado um título com a camisa botafoguense.
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O grande craque do Botafogo disse que o grande mérito do grupo foi ter superado “momentos difíceis e problemas internos” sem perder o foco e deixar que outras questões atrapalhassem o objetivo de ser campeão. Referia-se a salários atrasados de vários colegas e funcionários do clube, pendência que ainda não foi resolvida pela diretoria botafoguense. O clube ainda amargou a perda do Engenhão, interditado por causa de um problema na cobertura. O time acabou ficando sem casa. Para Seedorf, o título foi conquistado a cada passo, com dedicação “impecável” e respeito aos adversários. “Os demais grandes do Rio também lutaram e valorizaram nossa conquista. Contra os chamados pequenos, tivemos de dar nosso máximo, principalmente no segundo turno, porque se tratava do jogo da vida deles no ano”, avaliou. O craque que atuou vários anos pela seleção holandesa recebeu um abraço do técnico Oswaldo de Oliveira ainda em campo. “Agradeci ao Seedorf pela pessoa que ele é. Sem ele, essa conquista teria sido muito mais difícil”, reconheceu o treinador.
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(Com Estadão Conteúdo)