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Ricardo Teixeira deverá perder acesso a ‘refúgio’ europeu

Andorra, que não tem acordo de extradição com o Brasil, vai rejeitar o cartola

Foi uma entidade com sede em Andorra que pagou uma indenização para arquivar os processos contra Teixeira por corrupção na Fifa

Andorra, o sexto menor país da Europa, deverá retirar a autorização de residência que havia assegurado ao ex-presidente da CBF, Ricardo Teixeira. Alvo de novas acusações de corrupção, o brasileiro terá seu status no país reexaminado, informa a imprensa de Andorra nesta segunda-feira. As mais recentes denúncias contra o cartola se referem a um esquema de desvio de dinheiro dos amistosos da seleção brasileira e contratos envolvendo Teixeira e Sandro Rosell, presidente do Barcelona. Parte desse dinheiro ia para Andorra.

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No principado, o governo não disfarçava o mal-estar diante das revelações. Nos bastidores, o governo temia ficar manchado por ter dado residência a uma pessoa que está sendo investigada no Brasil. Além disso, a Justiça suíça já comprovou o envolvimento de Teixeira com um esquema corrupto. Segundo o governo de Andorra, Teixeira pediu a residência no local em setembro de 2012 e apresentou naquele momento documentos da Polícia Federal e do Ministério da Justiça que mostravam que tinha ficha limpa. No dia 14 de novembro de 2012, a residência lhe foi garantida, por um prazo de um ano.

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Andorra e Brasil não contam com acordos de extradição, o que significa que se um dia Teixeira fosse condenado no Brasil, não poderia ser entregue pelas autoridades do país. Uma nova autorização teria de ser dada ao brasileiro em quinze dias. Mas fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S. Paulo em Andorra já confirmam o benefício ao cartola não será mantido. Segundo o Ministério do Interior de Andorra, tudo começou a mudar quando, em maio de 2013, a polícia local recebeu indicações de que Teixeira não teria uma ficha limpa na polícia brasileira. As suspeitas eram de “ações fraudulentas”.

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Em julho, as autoridades solicitaram a cooperação da Polícia Federal brasileira para obter uma nova declaração de antecedentes penais. Até agosto deste ano, no entanto, não teriam recebido qualquer tipo de documentação do Brasil. Diante das revelações dos desvios de dinheiro e diante das suspeitas que pairavam desde maio, o governo de Andorra decidiu reexaminar o dossiê de Teixeira. Foi uma entidade com sede em Andorra que pagou uma pesada indenização para arquivar os processos que corriam na Suíça contra Teixeira e João Havelange por corrupção na Fifa.

(Com Estadão Conteúdo)

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