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Para Andrés, técnico estrangeiro na seleção seria ‘ridículo’

Qualquer técnico brasileiro seria melhor que Guardiola no cargo, diz cartola

‘Os europeus não conseguiriam ficar distantes da família tanto tempo’, disse o ex-presidente do Corinthians ao justificar sua

O diretor de seleções da CBF, Andrés Sanchez, disse ter sido “voto vencido” na decisão de demitir Mano Menezes, e certamente não terá uma opinião decisiva na escolha do substituto. De qualquer forma, o cartola já avisa que é radicalmente contra a contratação do espanhol Pep Guardiola, que está sem clube desde que saiu do Barcelona e foi defendido por comentaristas e ex-jogadores – como Ronaldo, amigo pessoal de Andrés. Em entrevista à TV Gazeta, na noite de domingo, Sanchez foi questionado sobre quais técnicos brasileiros são mais capacitados do que Guardiola. “Todos!”, respondeu. Na avaliação do ex-presidente do Corinthians, o catalão teria dificuldades de adaptação ao futebol brasileiro. “Estamos falando de uma Copa do Mundo no Brasil. Os jornalistas já reclamavam que o Mano não falava com a imprensa. Imagine como seria com um técnico estrangeiro! Para os europeus, é insuportável ter que dar entrevista todos os dias”, justificou. “É ridículo precisar de um nome estrangeiro, seja quem for. E o Guardiola não conseguiria trazer o Iniesta, o Messi…”

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O dirigente afirmou que é a favor da contratação de técnicos estrangeiros para clubes – e essa experiência poderia servir como preparação para que, no futuro, algum deles chegasse à seleção. “Depois de dois ou três anos no futebol brasileiro, aí podemos pensar. O Guardiola é um grande treinador, só acho que não é o momento de ele treinar a seleção. Teria que trabalhar antes em um clube.” Ainda assim, Sanchez se diz desconfiado em relação à chance de sucesso de um técnico acostumado ao futebol europeu: “Aqui, a gente faz concentração para os jogos com dois dias de antecedência. Infelizmente, é preciso que os times do Brasil se concentrem. As viagens também são mais longas, pois o país tem o tamanho de um continente. Os europeus não conseguiriam ficar distantes da família por tanto tempo”, argumentou. Além de Guardiola, nomes como Luiz Felipe Scolari, Tite e Muricy Ramalho estão entre os mais citados para a sucessão de Mano Menezes. A CBF promete anunciar o nome do novo contratado só em janeiro de 2013.

Sem interferência – Na mesma entrevista, Andrés criticou o ex-craque Romário por levantar suspeitas sobre as convocações de Mano. O deputado disse que o ex-técnico da seleção favorecia jogadores ligados ao empresário Carlos Leite, o mesmo de Mano, na hora de montar a seleção. Um dos nomes citados por Romário foi Cássio, goleiro do Corinthians, lembrado numa recente convocação para a seleção. O diretor da CBF rebateu Romário: “Ele que prove. Isso é a coisa mais ridícula que existe. O Carlos Leite é o que menos jogadores tinha na convocação. O Wagner Ribeiro, o Giuliano Bertolucci, o Juan Figger e outros tinham muito mais. Se for assim, não poderemos ter nenhum treinador na Seleção, pois todos eles têm empresários. É difícil”, reclamou. Apesar da discordância com o presidente da CBF, José Maria Marin, em relação à saída de Mano, Andrés Sanchez afirmou que o dirigente não interferia nas convocações do técnico. “Ele nunca vetou ou indicou algum jogador. Ele tinha conhecimento da convocação, mas nunca interferiu em nada.”

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(Com agência Gazeta Press)

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