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No caminho do torcedor até a arena, aperto e demora

A reportagem de VEJA percorreu o caminho que 30.000 dos 46.000 torcedores fizeram para chegar até a partida deste domingo entre Espanha e Uruguai, na Arena Pernambuco, no Recife. O ponto de partida foi a estação de metrô Antônio Falcão, localizada no bairro de Boa Viagem, setor hoteleiro da cidade, e destino dos torcedores que […]

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A reportagem de VEJA percorreu o caminho que 30.000 dos 46.000 torcedores fizeram para chegar até a partida deste domingo entre Espanha e Uruguai, na Arena Pernambuco, no Recife. O ponto de partida foi a estação de metrô Antônio Falcão, localizada no bairro de Boa Viagem, setor hoteleiro da cidade, e destino dos torcedores que deixaram seus veículos estacionados num dos maiores shoppings da capital pernambucana. Mesmo quatro horas antes da partida, os vagões já estavam lotados, fato que talvez tenha sido ocasionado pelo intervalo prolongado – oito minutos – entre os trens. Depois de uma baldeação, na estação Recife, o trajeto até a estação Cosme e Damião, localizada a mais de dois quilômetros da Arena Pernambuco, levou exatamente 55 minutos. Ali, por causa das escadas, houve uma grande aglomeração de torcedores que durou até a chegada de um novo trem, o que consequentemente piorou a situação. “Deu tudo certo até aqui, mas poderiam dar um jeito de escoar melhor esse fluxo na saída da estação”, disse o uruguaio Heber Acuña, de 71 anos, que comprou ingressos para as três partidas da seleção celeste na primeira fase. Por falar português, Acuña não sentiu falta da sinalização bilíngue no metrô, que é inexistente em todo o percurso. Depois de dez minutos para vencer o tumulto, não houve demora no embarque dos circulares que levam até o estádio. Mas, mesmo ali, havia torcedores insatisfeitos. “Paguei 230 reais pelo ingresso para vir num ônibus superlotado. Alguém devia controlar a entrada dos torcedores de acordo com a capacidade do veículo. A organização precisa melhorar muito”, reclamou o advogado potiguar Esaul Magalhães. Depois de uma hora e quarenta minutos de viagem, a reportagem chegou à Arena Pernambuco com a impressão de que a frase mais ouvida ao longo do percurso vai atormentar grande parte dos torcedores durante a partida: “Se a ida, às 15 horas, está assim, não quero nem imaginar como vai ser a volta…”.

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(Kalleo Coura, do Recife)

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