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Na festa de abertura, promessa de surpresas e bom humor

Depois da pompa de Pequim, Londres terá uma cerimônia mais leve, orgânica e, por isso mesmo, mais emocionante. A rainha vai ao estádio para abrir os Jogos

A rainha Elizabeth II deverá declarar os Jogos oficialmente abertos cerca de 45 minutos depois do início da festa. Cerca de 100 chefes de estado e de governo estarão presentes para saudar a parada de delegações nacionais

Mais de 120.000 pessoas já viram a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres – nos dois ensaios finais, com o Estádio Olímpico lotado, a festa dirigida pelo cineasta Danny Boyle foi apresentada em quase todos os seus detalhes, com exceção de alguns momentos chave, como a forma como a pira olímpica será acesa. Ainda assim, pouco se sabe sobre o espetáculo – que terá cerca de três horas de duração e será visto por 1 bilhão de pessoas pela televisão. Boyle pediu segredo a todos os espectadores dos ensaios e disse que a missão de todos era preservar a surpresa. Espantosamente, o diretor conseguiu convencer a multidão. Os sortudos que conseguiram um convite para acompanhar os ensaios (no vídeo abaixo, algumas cenas divulgadas pelos organizadores) só revelaram suas impressões sobre o tom da cerimônia – divertido, surpreendente e, sobretudo, emocionante, conforme seus relatos. Num fortíssimo contraste com a festa que inaugurou a Olimpíada de Pequim, há quatro anos, a abertura dos Jogos de Londres será muito menos formal, menos pomposa e menos solene (tanto que custou 27 milhão de libras, um quarto do valor gasto na China). Boyle promete uma narrativa mais solta, com momentos de bom humor e algumas cenas que beiram o surreal. Pelo que já se viu do cenário – que inclui uma paisagem pastoril, animais soltos por um gramado, grandes nuvens artificiais e uma enorme árvore num dos lados do estádio -, espera-se de tudo para a festa desta sexta, às 17 horas (no horário de Brasília, 21 horas em Londres).

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Como já era de se prever numa festa planejada por um diretor de cinema, a abertura deve ter a participação de pelo menos dois atores britânicos de primeiro escalão: Daniel Craig, encarnando James Bond, e Kenneth Branagh, lendo textos de Shakespeare. Essa, aliás, é uma das grandes marcas do espetáculo, segundo o próprio Boyle: a festa será essencialmente britânica, tentando mostrar o melhor da história e da cultura do país. Com essa promessa, não poderia faltar a música pop – e ela será representada pelo decano dos roqueiros da terra da rainha, Paul McCartney, que deverá fechar a noite puxando um enorme coro com Hey Jude, dos Beatles. No caminho até esse clímax, haverá trechos retratando os momentos de transformação da história britânica, como a revolução industrial, por exemplo. A rainha Elizabeth II deverá declarar os Jogos oficialmente abertos cerca de 45 minutos depois do início da festa. Cerca de 100 chefes de estado e de governo estarão presentes para saudar a parada de delegações nacionais – liderada, como de costume, pela Grécia, o berço dos Jogos, e seguida por mais 203 nações. A equipe britânica, a maior dos Jogos, com 541 atletas, será puxada pelo ciclista Chris Hoy, esperança de ouro, mas virá muito desfalcada – boa parte dos competidores está concentrada para as provas, a partir de sábado. O Brasil terá como porta-bandeira o cavaleiro Rodrigo Pessoa. Apesar da promessa de criatividade na festa, o fechamento da cerimônia, já no início da madrugada do dia 28, não tem segredo algum: uma estrondosa queima de fogos, como de costume em todas as aberturas olímpicas.

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