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Lucas, sobre a seleção: ‘Estamos abaixo dos nossos rivais’

Em entrevista ao site de VEJA, craque do PSG fala da expectativa para a Copa das Confederações, da vida na França – e da amizade com David Beckham

“Eu aprendi a jogar sem a bola. Melhorei meu posicionamento dentro de campo e também na marcação. Isso a gente aprende aqui na Europa, onde a cobrança pela parte tática é muito forte”

Até aqui, o meia Lucas não tem motivos para reclamar de 2013: desde sua estreia no Paris Saint-Germain, em janeiro, já comemorou o título do Campeonato Francês e jogou pela primeira vez a Liga dos Campeões – durante a disputa, teve a oportunidade de enfrentar o Barcelona de Messi e acumulou elogiadas atuações. Além disso, recuperou-se a tempo de uma lesão para garantir sua convocação para disputar a Copa das Confederações pela seleção brasileira. O torneio dá início a uma nova fase no ano de Lucas: tendo jogado apenas uma partida sob o comando do técnico Luiz Felipe Scolari, ele tem pela frente o desafio de firmar-se no grupo que disputará a Copa do Mundo de 2014 – e conquistar o título com uma seleção que, o próprio jogador admite, está um nível abaixo dos grandes rivais.

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Lucas se apresenta nesta terça-feira com os jogadores que disputarão a Copa das Confederações e os dois amistosos que antecedem o torneio: contra a Inglaterra, neste domingo, no Maracanã, e contra a França, em 9 de junho, na Arena do Grêmio. Em conversa com site de VEJA, o jogador definiu os dois próximos jogos como um “teste de fogo” para a seleção. Também falou de sua adaptação ao futebol europeu e sobre a chance de atuar ao lado de ídolos como Ibrahimovic e David Beckham – de quem, garante, já se tornou um grande amigo. Confira a seguir os principais trechos da entrevista:

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Qual sua expectativa em relação à Copa das Confederações? Muito grande. É um sonho poder jogar um torneio como esse, ainda mais no nosso país. Quero fazer minha história com a camisa da seleção brasileira. Para isso, vou me preparar da melhor maneira possível para chegar bem à competição.

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Acredita que o Brasil vai longe no torneio? Hoje não há como negar que a seleção brasileira está um pouco abaixo dos outros grandes times. Ainda assim, acredito que o Brasil tem de ser respeitado, por sua tradição, seu histórico de títulos e os grandes atletas de que dispõe. Apesar do mau momento, acredito que com uma boa preparação e tempo para entrosar a equipe, chegaremos muito forte na competição.

O tempo de treino será suficiente? Acredito que sim. Teremos ainda dois testes de fogo pela frente: a Inglaterra e a França. Vamos ter tempo para treinar e creio que chegaremos muito bem preparados ao torneio.

Quais serão os principais rivais da seleção na Copa das Confederações e no Mundial de 2014? Espanha e Alemanha vêm muito fortes, são seleções muito entrosadas.

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Já sente que seu futebol evoluiu desde que chegou à França? Sim. Nesse pouco tempo já evoluí bastante, principalmente na parte tática. Eu aprendi a jogar sem a bola. Melhorei meu posicionamento dentro de campo e também na marcação. Isso a gente aprende aqui na Europa, onde a cobrança pela parte tática é muito forte.

E como é a experiência de jogar com nomes como Ibrahimovic e Beckham? É um prazer enorme, uma honra. É uma experiência maravilhosa jogar ao lado de atletas dos quais sou fã. Não imaginei que, em tão pouco tempo de carreira, eu estaria jogando em um grande clube da Europa, ainda mais com esses jogadores, que eu costumava ver pela televisão. Aprendo a cada dia com eles. Os dois são muito legais, me tratam muito bem. Acabei me tornando muito amigo do Beckham. Ele é um exemplo de profissional, muito dedicado. É o primeiro a chegar aos treinos e o último a ir embora. O Ibra me trata super bem, apesar do jeito mais fechado que tem dentro de campo. Ele brinca e conversa comigo desde o primeiro dia. Mas foi com o Beckham, realmente, que criei uma grande amizade.

Sobre o que você e Beckham conversam? Nós estamos sempre brincando um com o outro. Ele é um cara muito humilde. Não conversamos tanto porque não falo perfeitamente o inglês, mas o engraçado é que nos entendemos mesmo assim. Pergunto com quais jogadores ele mais gostou de atuar e ele me fala do Ronaldo e do Zidane.

E a adaptação à França, como está? Minha adaptação não foi fácil, mas me surpreendeu. Não pensei que seria tão rápida. Todos me receberam muito bem. O clube é maravilhoso, a torcida é fantástica e todos me tratam muito bem. Estou começando a aprender o idioma. Consigo compreender, mas falar é mais difícil. Consigo me virar, por enquanto, com o inglês. Só a saudade que, às vezes, aperta, mas isso eu tenho que superar.

Como faz para matar a saudade do Brasil? Faço churrasco toda semana. Aqui em casa é de lei, mesmo com frio. Mato a saudades também pela internet, telefone, mensagens de celular. Estou sempre ligado nas notícias do Brasil, procuro ficar por dentro. Sinto falta da alegria dos brasileiros, sempre fui muito ligado à minha família. Também sinto saudades dos meus amigos do São Paulo.

O que já adaptou do estilo francês à sua vida? Eu estou aproveitando a estada por aqui para melhorar o estilo de me vestir. Os franceses são muito chiques, se vestem muito bem. Aqui é a capital da moda. Embora falem muito bem da comida, eu sigo fã da culinária brasileira. Tenho minha mãe que cozinha para mim: faz meu arroz, filé de frango, churrasco…Então aproveito mesmo é a moda.

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