Em crise, Vasco perde a chance de se beneficiar de 2016
Comitê dos Jogos do Rio descartou São Januário como palco do rúgbi – clube não entregou projeto a tempo. Olimpíada seria atalho para modernizar estádio
O Vasco tinha uma situação altamente favorável para levar adiante os planos, já que tanto o prefeito como o governador são torcedores do clube
Enfrentando graves dificuldades financeiras, o Vasco recebeu mais uma péssima notícia na quinta-feira. O Comitê Organizador dos Jogos do Rio-2016 divulgou um comunicado descartando o Estádio de São Januário como possível sede das partidas de rúgbi na Olimpíada. A entidade informou que o clube descumpriu o prazo para apresentar o projeto com todas as garantias financeiras para a reforma do local. O documento deveria ter sido entregue até a quarta. O presidente do clube, Roberto Dinamite, contava com a participação do estádio nos Jogos Olímpicos para viabilizar uma reforma ambiciosa de seu histórico estádio. A intenção era conseguir financiar 60% da obra com recursos do BNDES e o restante com investidores e patrocinadores. As garantias, porém, não foram obtidas a tempo – e o Vasco, que sofre até para pagar os salários de seus jogadores, perdeu a oportunidade de aproveitar os Jogos para modernizar sua casa.
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Na manhã desta sexta, Eduardo Machado, vice-presidente de marketing do clube, reclamou da decisão, postando um comentário irônico contra o comitê no Facebook. A Rio-2016 já dizia na quinta, porém, que o clube teve um prazo de quase seis meses para entregar a documentação pedida pelo comitê. O rúgbi, que estreia no Rio como modalidade de exibição na Olimpíada, poderá ser disputado no Engenhão, palco do atletismo nos Jogos. Dinamite não escondia que gostaria de aproveitar a Olimpíada para conseguir investimentos suficientes para transformar o estádio. “O desejo do Vasco é fazer aqui uma arena. Já houve reuniões com o prefeito Eduardo Paes e governador Sergio Cabral. Para fazer uma arena, é preciso realizar obras no entorno de São Januário. Vamos entregar o documento para que isso seja realizado”, disse ele na terça, véspera do fim do prazo. O Vasco tinha uma situação altamente favorável para levar adiante os planos, já que tanto o prefeito como o governador são torcedores do clube.
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(Com Estadão Conteúdo)