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Dois jovens candidatos a astros do pôquer

Rodrigo Crespo e Pedro Padilha trilham o caminho aberto por André Akkari

Rodrigo Crespo se preparou durante toda a adolescência para acompanhar os negócios do pai, empresário de setor de tecnologia da informação. Classe média alta, preparou-se nos melhores colégios e entrou no curso de Economia da Fundação Getúlio Vargas, faculdade das mais conceituadas do ramo, para colaborar na gestão da empresa familiar – mas largou tudo para ser jogador de pôquer. Aos 23 anos, quatro deles integralmente dedicados ao esporte das cartas e fichas, ele não se arrepende. “Não penso em voltar à faculdade. Se estivesse lá hoje, não estaria feliz. Aqui tenho tudo que quero, estou no lugar perfeito.” Há dois meses é um dos moradores do centro de treinamento de pôquer criado pelo campeão mundial André Akkari em Cabreúva, no interior paulista.

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Crespo é um dos jogadores prediletos de Akkari, juntamente com Pedro Padilha, de 26 anos: são seus principais parceiros, colaboram nas aulas e jogam os mesmos torneios que o chefe, com apostas e premiação mais altas. “O Padilha é um cara muito inteligente e constante, está sempre crescendo e jogando cada vez melhor. O Crespo é um gênio, pode ser muito melhor que eu, mas ainda precisa lidar melhor com o emocional”, avalia Akkari, enquanto observa a turma de jogadores durante exercícios físicos no campinho de futebol do QG.

QG Akkari Team, centro de treinamento profissional de pôquer, em Cabreúva, São Paulo
QG Akkari Team, centro de treinamento profissional de pôquer, em Cabreúva, São Paulo VEJA

Padilha joga desde 2005. Depois da curiosidade inicial, ganhou algum dinheiro jogando em tempo integral, mas depois voltou a trabalhar, como vendedor de planos de telefonia celular. “Quem ganha dinheiro vendendo isso consegue fazer qualquer coisa”, diz, aos risos. Há dois anos resolveu deixar o trabalho e juntar-se ao time de Akkari. Já venceu grandes torneios, faturou bons prêmios que fazem compensar a escolha. Duro foi explicar seu trabalho à família da noiva. “Eles sabem que trabalho duro aqui. Hoje, na verdade, desperta mais curiosidade, as pessoas querem entender como funciona, nossas técnicas.” E ainda sofre um pouco porque a namorada fica em São Paulo.

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Em compensação, para Crespo a distância e o sossego de Cabreúva estão fazendo bem. Ele recuperou seu melhor nível de jogo, depois de um período atribulado no começo do ano, e aproveita a tranqüilidade para “trabalhar” a mente. “Este lugar é demais. Pratico meditação e é ótimo estar longe de tudo.” O pai, resignado, o apoia e hoje é seu principal torcedor – dos mais exigentes. “Ele sempre fez questão que eu fosse o melhor no que fizesse. E vou lutar para ser o melhor do mundo.”

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