Corinthians já não esconde mais a sua decepção com Pato
Para presidente do clube, atleta ‘ainda não conseguiu jogar’ na equipe paulista
‘Todos ganham e todos perdem juntos, mas há maneiras e maneiras, jeitos e jeitos de ganhar e perder’, disse o técnico Tite ao ser questionado sobre a displicência de Pato
O presidente do Corinthians, Mário Gobbi, elogiou Alexandre Pato em vários momentos da primeira temporada do atacante no Corinthians. Mas o cartola, que chegou a chamar o jogador de “cracaço” e “gênio da bola”, já não o vê como a “surpresa agradabilíssima” que tanto comemorou há alguns meses. Gobbi foi um dos muitos corintianos irritados com a cobrança de pênalti do camisa 7 na quarta-feira, na eliminação para o Grêmio. A cavadinha malfeita parou nas mãos de Dida, tirou a equipe da Copa do Brasil e fez o cartola admitir pela primeira vez a decepção com o investimento de 40 milhões de reais no jogador, que estava no Milan.
“Pelo potencial que o Pato tem, podia ter jogado muito mais. O fato é esse. Cobra-se mais de quem tem mais para dar. E ele tem mais para dar, tem um dom muito grande. Ele ainda não conseguiu jogar aqui no Corinthians”, afirmou Gobbi. O atacante não chegou a cair no gosto da torcida, e a cobrança se tornará muito maior com a falha em Porto Alegre. Já nos vestiários da Arena do Grêmio, pouco após a derrota nos pênaltis, até a permanência do jogador de 24 anos foi questionada pelos jornalistas. “O Pato é jogador do Corinthians. Não sei até quando vai o contrato dele. O Alexandre foi mal no pênalti, mas vai cumprir o contrato. Precisamos fazê-lo cumprir seu potencial.”
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Danilo e Edenílson também bateram mal e perderam as suas cobranças, mas Pato foi o principal assunto nos vestiários do Corinthians após a queda na Copa do Brasil. Tite acabou deixando clara a sua insatisfação, mas começou sua entrevista tentando evitar o assunto. “A gente ganha e perde junto. Tem coisas que são de vestiário. Não falo sobre isso, não comento.” Depois, o técnico falou rapidamente sobre a cobrança displicente do atacante: “Todos ganham e todos perdem juntos, mas há maneiras e maneiras, jeitos e jeitos de ganhar e perder.” Pato saiu de campo falando apenas que havia treinado bater daquela maneira.
Quando os jogadores deixaram o vestiário rumo ao ônibus, o jogador passou cercado por seguranças, sem falar nada. Segundo Danilo, Pato “está arrasado, igual a todo o mundo”. Já Fábio Santos destacou que o jogador de 24 anos chamou para si um peso grande ao decidir bater seu pênalti com uma cavadinha. Dida, seu antigo companheiro no Milan, fez uma das defesas mais fáceis de sua carreira. “Quando bateu, ele sabia o tipo de responsabilidade que cairia nas costas dele. Cada um sabe a maneira que bate. Quando opta por uma batida assim, o atleta sabe que vai ser cobrado. Apesar da pouca idade, ele tem maturidade suficiente para lidar com isso.”
(Com agência Gazeta Press)
