Chicharito, o pequeno matador, quer bater o gigante Brasil
Filho e neto de atletas da seleção mexicana, Javier Hernandez busca na Copa das Confederações a realização de façanha inconcebível para os antepassados
Estrela maior da seleção mexicana, o atacante Javier Hernández Balcázar, ou simplesmente Chicharito (“ervilhinha”, em espanhol), carrega no sangue uma genética intimamente ligada ao futebol. Seu avô, Tomás Balcázar, jogou pelo México na Copa de 1954; seu pai, Javier Hernández Gutiérrez, esteve na edição de 1986 do Mundial. Em 2010, o caçula tratou de continuar o legado – e o fez de forma ainda mais brilhante, marcando dois gols em quatro jogos na África do Sul. Nesta Copa das Confederações, porém, Chicharito está de olho em uma façanha ainda maior. Algo que, nos tempos de seus antepassados, era virtualmente inconcebível: vencer o Brasil para levantar um título nos domínios do país do futebol. E, como mostra o retrospecto recente, o sonho não é impossível.
Xodó da torcida do Manchester United, o atacante de 24 anos não fez parte do elenco que conquistou o ouro olímpico diante da seleção brasileira, em Londres – mas apenas por conta de um acordo entre a Federação Mexicana e Sir Alex Ferguson. O então treinador do time inglês argumentou que, depois de três anos sem férias, o craque precisava de um descanso, a fim de preservar sua forma física para a temporada europeia e os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo do Brasil. Mesmo utilizado como um reserva de luxo durante a maior parte da temporada, Chicharito marcou 18 gols em 36 partidas, terminando como vice-artilheiro do Manchester United, à frente de Wayne Rooney e atrás apenas de Robin Van Persie.
Apesar da aparência de bom moço e da estatura apenas mediana para um homem de frente – 1,75 metro -, o mexicano aterroriza as defesas com seu excelente senso de colocação, sua facilidade para arrematar com as duas pernas e sua surpreendente eficácia no jogo aéreo. O atacante já deixou sua marca contra o Brasil no amistoso disputado em junho do ano passado, que terminou com vitória de 2 a 0 para os mexicanos. No comando da linha ofensiva da Tricolor, que também conta com Giovanni dos Santos e Oribe Peralta, carrasco da seleção na final da Olimpíada, o pequeno matador é a maior esperança do México para derrubar os gigantes e levar a Copa para casa – deixando assim o papai e o vovô mais orgulhosos do que nunca.
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Com a camisa da seleção mexicana
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Com a camisa do Manchester United
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Com a camisa do Chivas Guadalajara