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Arena Pernambuco: no 1º (e único) teste, torcedor vai suar

Chegar ao estádio, distante e sem estacionamentos, é uma aventura: viagem pode envolver carro, metrô, ônibus e caminhada. Jogo será entre Náutico e Sporting

O estádio chegou a ficar ameaçado de exclusão da Copa das Confederações em função dos atrasos, mas acabou sendo concluído no limite máximo do prazo

O jogo será entre Náutico e Sporting, mas o torcedor também vai suar a camisa na primeira partida da Arena Pernambuco, na noite desta quarta-feira, na região metropolitana do Recife. Depois da inauguração simbólica, na tarde de segunda-feira, com a presença da presidente Dilma Rousseff e uma pelada entre operários diante de cerca de 10.000 pessoas, o palco pernambucano da Copa das Confederações e da Copa do Mundo receberá, a partir das 20 horas, seu primeiro e único evento-teste oficial antes do torneio do mês que vem. O estádio, localizado em São Lourenço da Mata, a cerca de 20 quilômetros do centro do Recife, foi o último a ficar pronto para a Copa das Confederações. O amistoso entre o Náutico (que assinou contrato para usar o estádio pelos próximos 30 anos) e os portugueses do Sporting servirá para a avaliação de sete aspectos operacionais da arena por representantes do Comitê Organizador Local (COL) da Copa. Assim como em várias outras sedes, o torcedor deverá encontrar um estádio moderno e confortável, mas com um entorno ainda inacabado. O que mais preocupa o público é o acesso à nova arena, já que, além da longa distância desde o Recife, há uma série de restrições no percurso, que promete ser uma aventura.

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Como o estacionamento do estádio ainda não está pronto, o acesso de carros particulares e táxis está proibido. O estacionamento mais próximo da arena fica a 3 quilômetros dos portões de entrada, com apenas 2.000 vagas e cobrança de 40 reais por veículo. E como o caminho até a arena não é adequado aos pedestres, será preciso esperar por um ônibus circular que fará o trajeto entre o estacionamento e o estádio. Quem não conseguir uma vaga no local precisará ir de metrô. E o esquema sugerido pelas autoridades locais é quase um périplo: dirigir até um estacionamento particular próximo às linhas de metrô, caminhar até uma delas, seguir até a estação Cosme e Damião e pegar um ônibus circular para percorrer os 2,5 quilômetros até o estádio. Foi prometido um esquema especial de segurança nos arredores das estações que contam com estacionamentos, como Aeroporto (2.000 vagas), Shopping (400 vagas, no Geraldão) e Joana Bezerra (mais 400 vagas, no Fórum). Mesmo com toda essa mobilização, não será possível fazer um teste ideal para os três jogos da competição do mês que vem, já que o amistoso desta quarta não receberá o público total do estádio, de 46.000 pessoas – foram disponibilizados 30.000 ingressos (90% já tinham sido vendidos até o fim da tarde de terça).

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De acordo com o COL, o amistoso servirá para a observação do funcionamento dos serviços de limpeza, transporte, atendimento médico, atendimento ao espectador, tecnologia da informação e segurança, além do protocolo de competição (como a entrada dos atletas e do trio de arbitragem e as condições do gramado, por exemplo). Construída por 532 milhões de reais, com financiamento federal de cerca de 400 milhões, a Arena Pernambuco fica a pouco mais de 40 minutos de carro a partir da praia de Boa Viagem (quando o acesso estiver liberado, é claro – nesta quarta, o acesso de veículos estará impedido). O governo estadual espera que a obra na chamada “Cidade da Copa” seja o marco inicial de um processo maior de crescimento e desenvolvimento econômico na região. O estádio chegou a ficar ameaçado de exclusão da Copa das Confederações em função dos atrasos, mas acabou sendo concluído no limite máximo do prazo. Mas o desafio de Pernambuco não terminou: o governo também enfrenta o desafio de oferecer a infraestrutura necessária no entorno da nova arena. O estádio fica numa região relativamente isolada, cercada de verde. Há três opções para chegar ao estádio: pelas rodovias BR 101, BR 232 e BR 408, cujas pistas ainda precisam de reparos. Poucos acreditam que tudo estará pronto a tempo em junho.

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(Com Estadão Conteúdo)

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