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Por que Conmebol trabalha com 3 possíveis estádios para final da Libertadores 2024

Além dos três candidatos de Buenos Aires, entidade tem quatro alternativas em Assunção para final da Sul-Americana; estratégia inclui plano de revitalização

A Conmebol já definiu que a final da Copa Libertadores será jogada em Buenos Aires, na Argentina, em 30 de novembro, e a da Sul-Americana se encerra em 27 de novembro, em Assunção, no Paraguai. Os estádios, no entanto, ainda serão anunciados, e há razões objetivas para tal estratégia, segundo apurou PLACAR junto à confederação sul-americana.

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São três as opções de estádios-sede em Buenos Aires para a Libertadores: o Más Monumental, do River Plate; a Bombonera, do Boca Juniors, e o Cilindro de Avellaneda, do Racing. Em Assunção, as opções para a Sul-Americana são o tradicional Defensores del Chaco, e os estádios de Cerro Porteño (Nueva Olla), Olímpia (Oswaldo Domínguez) e Libertad (La Huerta).

Por serem maiores, Monumental e Defensores Del Chaco surgem como favoritos – a reformada casa do River passou a ser a maior do continente, com 84.000 lugares disponíveis. No entanto, a depender dos clubes finalistas, a Conmebol pode optar por estádios menores.

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PLACAR apurou que o objetivo da entidade é evitar o que ocorreu em finais continentais recentes, em que muitos lugares ficaram vazios. Na final da Sula de 2021, por exemplo, em que o Athletico-PR bateu o Red Bull Bragantino, o Estádio Centenário, em Montevidéu, com capacidade para 65.000 torcedores, teve “menos de 20.000 torcedores”, de acordo com relato da Conmebol, que não divulgou números oficiais.

Lance da partida entre Athletico-PR x Red Bull Bragantino na final da Sul-Americana, em Montevidéu
Final entre Athletico-PR x Red Bull Bragantino teve público baixo na capital uruguaia – CAP/Divulgação

A Conmebol avalia como positiva a controversa decisão de realizar finais em jogo único e com sede pré-estabelecida, seguindo os padrões da Champions League, o que ocorre desde 2019 (antes, as finais eram jogadas em dois jogos, na casa dos finalistas). Fontes ligadas à entidade citam a valorização ao turismo sul-americano e as possibilidades de promover o show, inclusive com transmissões para o exterior (a decisão num sábado à tarde se torna atração no fuso horário europeu).

Para que a decisão final sobre os estádios-sedes seja tomada, pesa não apenas o tamanho das torcidas envolvidas, mas também questões geográficas e logísticas, como distâncias entre o país dos finalistas e a cidade do jogo. No ano passado, a final da Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors, teve lotação máxima no Maracanã. Caso o River Plate, o mais forte dos clubes argentinos na Libertadores, chegue à final, a tendência é que o gigante de Buenos Aires atue em seu próprio estádio.

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Candidatos à final da Copa Libertadores 2024

Estádio Más Monumental – River Plate (84.000)
Estádio Alberto J. Armando “La Bombonera” – Boca Juniors (54.000)
Estádio Presidente Perón “El Cilindro de Avellaneda” – Racing (41.900)

Candidatos a receber a final da Sul-Americana 2024

Estádio Defensores del Chaco (42.000)
Estádio La Nueva Olla – Cerro Porteño (45.000)
Estádio Osvaldo Domínguez Dibb – Olímpia (32.000)
Estádio La Huerta – Club Libertad (10.000)

Torcida do River Plate faz a festa no Monumental de Núñez/ EFE/Juan Ignacio Roncoroni
Torcida do River Plate faz a festa no novo Monumental de Núñez/ EFE/Juan Ignacio Roncoroni

Plano de revitalização dos estádios

A Conmebol informa ainda que a pluralidade de opções faz parte de um plano de investimentos para complementar a reforma dos estádios indicados. “Como parte de sua política de reinvestimento, a Conmebol está promovendo a renovação e a reforma de estádios em todo o continente, para adequá-los aos padrões dos principais torneios internacionais”, diz a entidade em nota.

Eventuais reformas nos estádios das finais, portanto, serão bancadas pela Conmebol. A entidade tem atenção especial à qualidade dos refletores, que influenciam não só no jogo, mas também nas transmissões de TV.

“Para oferecer um espetáculo com os padrões de excelência da Conmebol, cada um dos estádios inscritos apresentará projetos de renovação de suas instalações […]  O estádio escolhido para sediar a final única receberá as modificações como um legado pela hospedagem; os outros locais adotarão as reformas como um pagamento adiantado, e o mesmo será deduzido dos prêmios adquiridos nas edições seguintes dos torneios”, complementa.

A confederação já definiu que a sede da final da Copa Sul-Americana de 2025 será a cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, que também receberá um investimento para a reforma do palco selecionado.

A Conmebol reforça de que, desde 2016, “empreendeu uma série de reformas estruturais para modernizar sua governança e operações, aumentar a competitividade global de seus torneios exclusivos e fortalecer a promoção do desenvolvimento do futebol por meio do aumento da receita e do reinvestimento.”

A entidade promete que, até o fim de 2024, 95% de seus lucros serão reinvestidos diretamente no futebol, “refletindo um compromisso com o crescimento e a melhoria do esporte na América do Sul.”

Esse investimento também se concentra na melhoria das instalações esportivas, por meio da implementação dos Regulamentos de Licenciamento de Clubes e do aumento dos prêmios por participação dos clubes.

Ainda de acordo com a Conmebol, graças a essa política, 57 estádios sul-americanos, incluindo seis no Brasil, já foram reformados e seus sistemas de iluminação otimizados. São eles:

Montevidéu – Campeón del Siglo
Assunção – La Nueva Olla
Buenos Aires – Monumental Antonio Vespuci Liberti
Lanús – Néstor Diaz Pérez
La Paz – Hernando Siles
Quito – Rodrigo Paz Delgado
São Paulo – Cícero Pompeu de Toledo (Morumbi)
Buenos Aires – Alberto José Armando
Tolima Manuel – Murilo Toro
Santiago – Monumental David Arellano
Santos – Urbano Caldeira (Vila Belmiro)
Montero – Gilberto Parada
São Paulo – Allianz Parque
Medellín – Atanasio Girardot
Montevidéu – El Parque – Gran Parque Central
Buenos Aires – Tomas Adolfo Ducó
Buenos Aires – Novo Gasómetro
Quito – Olímpico Atahualpa
Montevidéu – Centenario
Barranquilla – Metropolitano Roberto Meléndez
Rosário – Gigante de Arroyito
Santiago – Nacional Julio Martínez Prádanos
Assunção – Osvaldo Domínguez Dibb
Lima – Alejandro Villanueva
Potosí – Victor Agustin Ugarte
Banfield – Florencio Solá
Mérida – Metropolitana de Mérida
Cabudare – Metropolitano de Fútbol de Lara
Florencio Varela – Norberto Tomaghello
Belo Horizonte – Raimundo Sampaio (Independência)
Valencia – Misael Delgado
Caracas – Olímpico da UCV
Rio de Janeiro – Maracanã
Paraná – Presbítero Bartolomé Grella
Maturín – Monumental de Maturín
Assunção – Defensores del Chaco
Córdoba – Mario Alberto Kempes
Guayaquil – Monumental Isidro Romero Carbo
Cali – Deportivo Cali
Pereira – Olímpico Hernán Ramírez Villegas
Lima – Monumental de Ate
Rosário – Marcelo Alberto Bielsa
Rio de Janeiro – São Januário
Buenos Aires – Diego Armando Maradona
La Plata – Juan Carmelo Zerillo
Santiago – San Carlos de Apoquindo
Buenos Aires – José Amalfitani
Táchira – Centro esportivo de Pueblo Nuevo
Rio de Janeiro – Nilton Santos
Ambato – Bellavista
Guayaquil – Christian Benítez Betancourt
Avellaneda – Libertadores da América
Manta – JocayBarinas – Agustín Tovar
Bucaramanga – Departamento Alfonso López
Bogotá – Metropolitano de Techo
Trujillo – Mansiche de Trujillo

Desde 2019, as instalações dos seguintes estádios também foram otimizadas para as finais únicas: Nueva Olla, Monumental de Ate, Maracanã, Mario Alberto Kempes, Centenario, Gran Parque Central, Monumental Isidro Romero Carbo, Domingo Burgueño Miguel, entre outros.

Através do Programa Evolução, mais de 1.000 projetos foram aprovados destinados às Associações Membro, dos quais 30% do investimento destinado à infraestrutura, incorporando assim na América do Sul:

40 quadras de praia

40 campos de futsal

2 Centros de Alto Desempenho Feminino e Masculino

7 campos de futebol com medidas oficiais

1 Centro de Treinamento Tecnológico de Árbitros (CETA) e o campo de futebol da Conmebol

32 adaptações e melhorias dos campos de futebol em termos de iluminação, vestiários, sedes esportivas, condições dos espaços públicos, entre outros.

Além do financiamento desses projetos, a Conmebol, no último Congresso Ordinário, aprovou o aumento do investimento em infraestrutura para as Associações Membro para 120 milhões de dólares nos próximos quatro anos, sendo 12 milhões de dólares para cada federação.

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