Publicidade
Publicidade

Edição de abril: PLACAR lança o guia da Libertadores 2023

Já disponível em nossas plataformas digitais, edição impressa chega às bancas na próxima semana; confira os destaques

A Copa Libertadores de 2023 está prestes a começar e não há forma melhor de acompanhar o torneio e seus 32 participantes do que ter em mãos ou nas telas o guia da PLACAR, já disponível em nossas plataformas digitais, em dispositivos iOS e também Android, e em breve em versão impressa nas bancas de todo o país.

Publicidade

Dando sequência a uma tradição da revista esportiva mais longeva da América Latina, a publicação traz uma análise de cada uma das equipes que sonham com a glória eterna, com seu histórico no torneio, a ficha técnica das equipes brasileiras, além dos destaques e curiosidades dos concorrentes estrangeiros.

O atual campeão Flamengo no guia da Libertadores
O atual campeão Flamengo no guia da Libertadores

Dentre os representantes brasileiros, o atual campeão Flamengo terá a companhia de Palmeiras, Atlético Mineiro, Corinthians, Athletico Paranaense, Fluminense e Inter. O país busca seu quinto título consecutivo, enquanto os argentinos, ainda recordistas de taças (25 a 22), querem encerrar esta hegemonia recente.

Publicidade
Fichas do Atlético-MG no guia da Libertadores
Fichas do Atlético-MG no guia da Libertadores

Mantendo um hábito dos últimos anos, PLACAR apresenta os seus palpites para o torneio, levando em conta não apenas a primeira fase, mas toda a competição. Há ainda páginas de almanaque, com dados históricos das equipes e da competição, compilados pelo especialista Rodolfo Rodrigues. A tabela do campeonato também está disponível para o preenchimento dos torcedores. Boa leitura!

Estatísticas do Corinthians no guia da Libertadores 2023
Estatísticas do Corinthians no guia da Libertadores 2023

 

A LONGA ESTRADA ATÉ O MARACANÃ

Os times brasileiros ganharam as quatro mais recentes edições da Libertadores, com direito a três finais consecutivas sem chance para os representantes de outros países. Agora, o sonho é, mais uma vez, ter uma decisão verde amarela no Rio em novembro

Nos últimos três anos, as finais da Libertadores foram disputadas exclusivamente por times brasileiros: Palmeiras e Santos em 2020, Palmeiras e Flamengo em 2021 e Flamengo e Athletico-PR em 2022. Desde 2000, em 23 edições, já são onze títulos e onze vice-campeonatos verde-amarelos (os argentinos chegaram oito vezes em primeiro e outras cinco em segundo lugar nesse mesmo período). Diante dessa constatação, cabe perguntar: há, no continente, algum clube em condições de impedir um novo triunfo “nosso”, ainda mais com a grande decisão marcada para o Maracanã, em 11 de novembro?

Publicidade

Assim como nas temporadas mais recentes, dois favoritos se destacam: o Flamengo, no topo do pódio em 2019 e
2022, e o Palmeiras, bicampeão em 2020 e 2021. No ano passado, o Verdão perdeu para o Furacão na semifinal. Foi derrotado por 1 a 0 em Curitiba e ficou no empate em 2 a 2 no Allianz Parque. A queda impulsionou mais uma conquista do Brasileirão, com várias rodadas de antecedência. Mais uma vez, tudo “conspira” a favor do alviverde. A espinha dorsal do time é a mesma e Abel Ferreira, contratado em outubro de 2020, continua como treinador. Juntos, técnico e jogadores chegaram a onze finais em menos de dois anos e meio. Com isso, o português superou a marca de Luiz Felipe Scolari, que disputou dez decisões pelo clube — e, com oito troféus na estante, se tornou o terceiro mais vitorioso da história, atrás apenas de Vanderlei Luxemburgo e Oswaldo Brandão. Portanto, é impossível ignorar o favoritismo palmeirense.

Marcelo Cortes/Flamengo
O Flamengo conquistou a América novamente e é tricampeão da Libertadores –

O Flamengo não tem sido tão estável, após atropelar todos os adversários em todos os torneios sob o comando de Jorge Jesus, em 2019 e no início de 2020. É fato que, de lá para cá, venceu o Brasileiro de 2020, a Supercopa do Brasil e o Campeonato Carioca de 2021 e a Copa do Brasil e a Libertadores de 2022. Porém, entre técnicos contratados e interinos, já são onze (sendo que Maurício Souza ocupou a função duas vezes) em apenas três anos — uma amostra de como o humor vem oscilando na Gávea. Nem mesmo os dois títulos do ano passado garantiram a permanência de Dorival Júnior, que foi substituído por Vítor Pereira em janeiro.

O português tinha dito que voltaria para seu país natal por problemas familiares e o anúncio do novo contrato deixou diretores e torcedores do Corinthians furiosos. Suas primeiras semanas no comando do Mengão foram igualmente atribuladas: foi derrotado justamente pelo Palmeiras na decisão da Supercopa do Brasil; caiu para o Al Hilal na semifinal do Mundial de Clubes, perdendo a chance de disputar o título contra o Real Madrid; e deixou escapar a Taça Guanabara ao perder para o Fluminense de virada. O elenco milionário (e acostumado a jogar junto), apesar dos percalços, instala o rubro-negro na primeira prateleira entre os favoritos também na Libertadores.

Junto com os dois papões vem o Atlético-MG. O clube conquistou a América pela primeira vez em 2013. Há dois anos, ficou na semifinal — mas, nessa mesma temporada, voltou a ganhar a Copa do Brasil e o Brasileirão, após cinquenta anos na fila. No início do ano passado, levantou a Supercopa do Brasil ao bater o Flamengo, na disputa de pênaltis após empate no tempo normal. O Galo aposta no técnico argentino Eduardo Coudet, de 48 anos e contratado em novembro, para voltar ao topo no continente. Como terminou o campeonato nacional apenas na sétima colocação, em 2022, precisou disputar a pré-Libertadores. Passou com relativa tranquilidade pelo Carabobo, da Venezuela, e pelo Millonarios, da Colômbia, mas caiu no pote 4 do sorteio — e caiu em um grupo que está longe de ser mamão com açúcar.

Também tem um elenco fortíssimo e espera contar com um novo estádio ao longo do torneio. O clima é bom, mas nunca é demais lembrar que nos últimos anos o alvinegro começa como destaque, mas nem sempre entrega o que promete. Já o Athletico-PR, atual vice-campeão, entrou no sorteio dos grupos como cabeça de chave. Vem mantendo grande regularidade nos últimos anos. Em 2021, se tornou o primeiro brasileiro bicampeão da Copa Sul Americana e foi vice da Copa do Brasil. No ano passado, perdeu a decisão da Recopa Sul-Americana para o Palmeiras e caiu na final da Libertadores para o Flamengo, no jogo único disputado em Guayaquil, no Equador. Chega ao principal torneio do continente pela nona vez.

Sob o comando de Paulo Turra, quer finalmente levantar o troféu mais cobiçado. Outro que sonha em alcançar a “glória eterna”, como diz o slogan da Liberta, é o Fluminense. Sua melhor campanha até hoje foi o vice-campeonato de 2008. O time surpreendeu ao terminar o Brasileirão de 2022 na terceira colocação, com 70 pontos. E o futebol apresentado no início da atual temporada também vem sendo apontado como um dos melhores do país. Fernando Diniz, 49 anos recém-completados, voltou ao clube em abril do ano passado e vem conseguindo impor seu estilo de jogo (com muito toque de bola e muita troca de posições), para alegria da torcida tricolor, que aposta que, nesta nona tentativa, pode dar certo.

Em sua 15ª participação, o Inter, atual vice-campeão brasileiro, apresentou reforços modestos (Mário Fernandes, Nico Hernández, Baralhas e a volta de Luiz Adriano), mas a torcida ainda acredita que o chileno Charles Aránguiz pode chegar ao longo do ano. O Colorado é azarão, que conta com a lembrança dos ítulos de 2006 e 2010 para avançar e, quem sabe, brigar até o fim. Situação semelhante vive o Corinthians, quarto colocado no Brasileirão 2022. O Timão tem um elenco de primeira, com veteranos adorados pela torcida, é verdade. Mas a queda prematura, nas quartas de final do Paulistão, deixou a Fiel com a pulga atrás da orelha. Nas últimas temporadas, o time não tem conseguido empolgar, nem vencer campeonatos relevantes (o vice na Copa do Brasil de 2022 foi uma grata surpresa).

Palmeiras é tricampeão da Libertadores ao bater o Flamengo por 2 a 1 em Montevidéu
Palmeiras ganhou duas das três edições

Campeão da Libertadores em 2012 e semifinalista em 2000, o Coringão também aposta na tradição e na força da camisa e da torcida, é claro. O que dizer, então, dos estrangeiros? Algum deles pode aspirar a um lugar na decisão, no Rio de Janeiro? Por mais que River Plate e Boca Juniors ocupem a primeira e a quarta colocações do ranking da Conmebol, eles não têm sido páreo para os clubes brasileiros. Mas são, obviamente, as duas alternativas mais prováveis. Racing, Argentinos Juniors e o estreante Patronato completam a esquadra do país campeão do mundo — só que, assim como ocorre na seleção brasileira, quase nenhum atleta da albiceleste atua na terra natal (dos 26 convocados para o Catar, só o goleiro Armani, do River). Ou seja, a festa de dezembro valeu para os torcedores, mas não tem impacto nos times.

Ainda com base no ranking da Confederação SulAme ricana, Nacional (do Uruguai), Independiente del Valle (do Equador) e Olimpia (do Paraguai) entraram no sorteio na condição de cabeças de chave, no primeiro pote. Os resultados dos últimos anos mostram que isso não significa boas chances de avançar com segurança — ao contrário. A julgar pelo que temos visto nos gramados, é mais fácil confiar que, pela quarta vez seguida, dois clubes brasileiros estarão mesmo na final, no Maracanã.

(ERRATA: Diferentemente do que consta no Guia, na página sobre o Barcelona de Guayaquil, a equipe equatoriana não foi eliminada na edição passada pelo Atlético Mineiro, mas pelo América Mineiro. PLACAR pede desculpas ao torcedor americano pelo equívoco). 

Publicidade