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Atlético-MG, enfim, desencanta e alivia pressão sobre Coudet

Galo é o time que mais chuta e cria chances no mundo, mas também é quem mais as desperdiça; vitória na Libertadores pode ser virada de chave

A noite da última quarta-feira, 3, que terminou com vitória do Atlético Mineiro sobre o Alianza Lima, do Peru, por 2 a 0, foi especial para o torcedor alvinegro. De volta ao Independência, estádio no qual passou grande parte da saga no título da Libertadores de 2013, o Galo fez mais um jogo criativo e, desta vez, com final feliz. Os tentos que deixaram a situação mais confortável na competição saíram dos pés de Igor Gomes e podem ser uma virada de chave na temporada.

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O volume de ataque é tão alto que, segundo levantamento do Sofascore, o Atlético de Coudet é o time do mundo que mais finalizou (116) e teve grandes chances (24) a seu favor desde o fim dos campeonatos estaduais. Por outro lado, também foi a equipe que mais perdeu grandes chances (20) e precisa de 12.8 chutes para balançar a rede, o que faz a análise do trabalho do treinador argentino ser comprometida.

Pressionado, Eduardo Coudet, que estava suspenso e mandou o auxiliar Ariel Broggi para o gramado, escalou a equipe com mudanças, também em razão dos numerosos desfalques. O zagueiro Bruno Fuchs fez o papel de um lateral-direito mais contido, que por ora virava uma espécie de zagueiro e permitia o lateral-esquerdo Rubens chegar ao ataque, atuando como um ponta em momentos de criação. No meio-campo, Battaglia ficou na contenção, enquanto Zaracho e Igor Gomes eram homens liberados para avançar ao setor final do campo. Pavón abria o campo e era agressivo pela direita, enquanto Hulk e Eduardo Vargas formavam uma dinâmica dupla de ataque.

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O encaixe foi rápido e antes dos 10 minutos foram duas chances claras perdidas por Vargas. Os erros do chileno pressionado pela torcida não o abalaram e a criação seguiu em alta, mas a agonia já tomava conta das arquibancadas do estádio no bairro do Horto, em Belo Horizonte. O momento mais delicado foi no fim do primeiro tempo, quando Hulk desperdiçou um pênalti – seu quarto pela Libertadores.

Sem mudanças, muito em razão da alta produtividade e do sufocamento ao adversário, o Galo voltou do vestiário. E antes do jogo avançar para um momento perigoso, Igor Gomes, contratado este ano após deixar o São Paulo pelas portas dos fundos, balançou as redes e explodiu o Independência. Menos de 10 minutos depois, o meio-campista marcou mais um e abriu dois gols de vantagem.

Após o apito final, a sensação foi de alívio para os jogadores e torcedores, tendo em vista as derrotas para Libertad e Athletico Paranaense nas primeiras rodadas. Hulk, principal nome do plantel, falou na saída de campo: “Nosso principal objetivo era voltar às vitórias, já que nos dois primeiros jogos, infelizmente, não conseguimos somar pontos. Hoje, foi fundamental diante da nossa torcida.”

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Além dos três pontos, o destaque vai para o desempenho atleticano. As estatísticas mostram que o time mineiro finalizou 31 vezes, permitiu apenas um chute dos peruanos, teve oito grandes chances e dominou a posse da bola em 65% do tempo.

O Atlético é o terceiro colocado do grupo, com 3 pontos, um a menos que Alianza Lima e Athletico Paranaense. Nesta quinta-feira, 4, o Furacão encara o Libertad e desenhará o cenário da briga pelas vagas nas três rodadas finais. De qualquer forma, o Galo precisa de um aproveitamento alto para se classificar para as oitavas de final e seguir sonhando com o bicampeonato da Libertadores.

Antes de voltar a jogar pela competição continental, os compromissos atleticanos são pelo Campeonato Brasileiro e ida das oitavas de final da Copa do Brasil, contra o Corinthians. A próxima rodada da Libertadores está marcada para dia 23 de maio.

Pedro Souza / Atlético
Hulk, jogador do Atlético Mineiro, em ação no Independência
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