Richarlison critica associação da camisa da seleção a lado político
Atacante do Tottenham disse que tenta, como brasileiro, levar identificação com o país e com a seleção para o resto do mundo
O atacante Richarlison, do Tottenham, fez críticas à associação da camisa amarela da seleção brasileira a um lado político. Depois da derrota por 2 a 0 para o Sporting, pela Liga dos Campeões, o jogador falou a jornalistas e disse que tenta, como representante brasileiro no exterior, levar uma imagem de identificação com o país ao resto do mundo.
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“Hoje em dia, o pessoal leva muito para o lado político. Isso faz a gente perder a identidade da camisa e da bandeira amarela. Acho importante que eu, como jogador, torcedor e brasileiro, tente levar essa identificação para todo o mundo. É importante reconhecer que a gente é brasileiro, tem sangue brasileiro, e levar isso”, afirmou.
A camisa amarela da seleção é frequentemente usada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) em manifestações favoráveis ao governo, muitas vezes com exigências antidemocráticas e inconstitucionais, como o fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) ou uma intervenção militar. Seu uso em movimentos políticos ganhou força em anos anteriores, nas manifestações de 2015 e 2016 pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff (PT).
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Em uma postura rara entre jogadores de futebol, Richarlison costuma se posicionar com frequência sobre assuntos fora do mundo da bola. Entre os temas já abordados pelo atacante em suas redes sociais, estão o apoio à vacinação no combate à pandemia de Covid-19, a defesa do meio ambiente e o repúdio a casos de violência contra pessoas negras.
“Quando tiver uma causa importante, eu sempre vou botar a cara, ainda mais jogando na seleção e na Inglaterra. Eu tenho essa visibilidade e sei que as autoridades olharão com carinho”, disse ele em uma coletiva de imprensa da seleção brasileira, em novembro do ano passado.