Promessas da Copa: Skov Olsen, a esperança de gols da seleção dinamarquesa
Artilheiro do país nas Eliminatórias, jovem atacante é destaque do surpreendente Brugge e quase precisou abandonar o futebol devido a um problema no quadril
A Copa do Mundo do Catar terá o seu pontapé inicial em 12 dias com enorme expectativa pelo surgimento de novas estrelas. Entre os candidatos a jovens destaques do torneio está o atacante Andreas Skov Olsen, de 22 anos, jogador da seleção dinamarquesa e sensação do Club Brugge, da Bélgica, principal surpresa entre os 16 classificados às oitavas de final da Liga dos Campeões.
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Autor de oito gols em 20 partidas pelo Brugge na atual na temporada, além de três assistências, Olsen virou a principal referência ofensiva da seleção europeia na reta final do ciclo para o Catar.
Ele foi o artilheiro da Dinamarca nas Eliminatórias, com cinco gols, ao lado do lateral-esquerdo Joakim Maehle, da Atalanta, ajudando o país a conseguir classificação direta ao mundial em grupo ao lado de Escócia, Áustria, Israel, Ilhas Faroe e Moldávia.
A guinada do atacante com a camisa vermelha, curiosamente, demorou a acontecer, embora a estreia tenha sido extremamente promissora.
Aos 20 anos, precisou de somente 22 minutos em campo para marcar um dos gols da goleada por 4 a 0 diante das Ilhas Faroe, em amistoso realizado em 7 de outubro de 2020. Ele ainda deu uma assistência para o gol marcado por Andreas Cornelius na mesma partida.
https://youtu.be/C7MSQRzzmhE
Mesmo assim, perdeu espaço e foi reserva pouco utilizado na heroica campanha que levou a Dinamarca entre as quatro melhores seleções da Eurocopa, em 2021, marcada pela parada cardíaca sofrida pelo meia Christian Eriksen em campo durante uma partida.
A recuperação chegou logo após o término da competição, quando ganhou a titularidade e ajudou diretamente o país a assegurar classificação antecipada, o segundo entre os 32 times que irão ao Catar.
Na última Nations League, manteve o desempenho sendo titular em cinco das seis partidas e balançando as redes duas vezes, uma delas diante da França, atual campeã mundial.
Canhoto e com 1,87 m, o jogador nasceu em Hillerod e foi revelado pelo Nordsjaelland, pequeno clube do país em 2017. A notoriedade chegou na temporada seguinte, a de 2018/19, quando marcou 27 gols em 44 partidas pelo clube, que terminou apenas na sexta colocação da liga local.
Antes disso, quase precisou largar o futebol. Aos 14 anos, problemas no quadril o afastaram por 12 meses dos gramados. Acompanhado do pai em um consultório médico, ouviu que ‘talvez fosse a hora de parar com o futebol’ ou teria que apostar em uma cirurgia de risco para seguir em frente.
Olsen optou pela cirurgia, bem sucedida, e meses depois já estava de volta sem as dores que o atormentavam.
Em 2019, ao final da segunda temporada como profissional, foi comprado pelo Bologna por 6 milhões de euros. Na Itália, as duas temporadas de pouco brilho e apenas dois gols em 45 jogos são justificadas por uma insistente opção do técnico Sinisa Mihajlovic em escalá-lo como ala.
“Sua velocidade, o um contra um e seu pé esquerdo são suas melhores características”, disse Henrik Clausen, ex-técnico nas seleções de base da Dinamarca à First Time Finish.
Acabou vendido ao Brugge por 7 milhões de euros. Deu certo: em 37 jogos pela equipe belga, 13 gols e 14 assistências.
Contou muito para a retomada do prodígio a relação próxima com Kasper Hjulmand, seu ex-treinador no Nordsjaelland, e, desde 2020, no comando da seleção. A maturidade tática adquirida na Itália também elevaram o nível de seu futebol.
Agora no Catar, em sua primeira Copa, ele terá o maior desafio da carreira pela frente. O time está no grupo D, ao lado de Austrália, França e Tunísia. A classificação, considerada ‘missão possível’, passará diretamente pelos pés do artilheiro dinamarquês.
A inspiração pode vir de Jon Dahl Tomasson, artilheiro que desabrochou mundialmente, justamente, na Copa do Mundo de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, marcando quatro gols e acertando com o Milan ao final da competição.
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