Nova orientação da Fifa, adiantada pelo chefe de arbitragem da entidade, tem como objetivo combater a "cera", sem economizar no tempo
Antes mesmo da conclusão da primeira rodada da Copa do Mundo de 2022, um assunto já chamou a atenção: os enormes acréscimos que os árbitros têm dado nas partidas. Na goleada da Inglaterra sobre o Irã por 6 a 2 na segunda-feira, 21, por exemplo, o brasileiro Raphael Claus deu 24 minutos de tempo adicional no total. A lesão do goleiro iraniano Beiranvand explica boa parte desse número, mas não tudo: há uma orientação expressa da Fifa para que a arbitragem não economize no tempo extra.
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Em entrevista antes da Copa, o chefe de arbitragem da Fifa, Pierluigi Collina, afirmou que a prioridade era diminuir a quantidade de tempo desperdiçado nos jogos – a famosa “cera”. Ele disse que as seleções presentes no Catar foram avisadas de que os acréscimos aumentariam em consequência disso.
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“Isso precisa ser compensado no fim. Não podemos achar normal que o jogo tenha só 42, 45 minutos de bola rolando. Na Copa da Rússia, foi normal vocês verem o quarto árbitro levantar a placa indicando 7, 8 ou 9 minutos de acréscimo. Nós queremos ver a bola em jogo”, disse Collina.
Ou seja, os longos acréscimos não foram uma particularidade de Claus. Em cinco dos seis jogos, eles alcançaram ou passaram a marca de 10 minutos, somando primeiro e segundo tempo. O único jogo que passou “ileso” foi o empate sem gols entre Dinamarca e Tunísia, com “apenas” nove minutos a mais do que o tempo regulamentar.