La Mano de Dios, o primeiro de Pelé e outros momentos históricos das Copas
PLACAR recorda alguns dos principais momentos dos Mundiais, com lances que entraram para a histórica e feitos nem tão populares assim; confira
Seja por um time inesquecível, um lance daqueles memoráveis, uma vitória inesperada ou até por um gol polêmico, a Copa do Mundo, definitivamente, é como um daqueles bons baús de lembranças que guardamos em casa – repleto de recordações. Em sua 22ª edição, a competição que começa neste domingo, 20, com o confronto entre Catar e Equador, às 13h (de Brasília), no estádio Al Bayt, certamente reservará novos momentos históricos.
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PLACAR recorda alguns deles, como o polêmico gol de mão marcado por Diego Armando Maradona, alcunhado de La Mano de Dios, na Copa de 1986, que deu à Argentina a vitória diante da Inglaterra e o avassalador Carrossel Holandês, guiado por Cruijff e Rinus Michels. Há, também, o adversário do primeiro gol de Pelé em Copas e outros feitos nem tão populares assim. Confira:
Holanda
Três vezes vice (em 1974, 1978 e 2010) e rival histórica do Brasil em Copas, a Laranja Mecânica embasbacou o mundo em 1974. O gênio Johan Cruijff e o técnico Rinus Michels foram os protagonistas do chamado Carrossel Holandês, que só travou na anfitriã, a Alemanha Ocidental.
Senegal
O 31 de maio de 2002 jamais será esquecido. Os senegaleses, logo em sua primeira participação em Copas, surpreenderam o mundo do futebol ao bater a poderosa França, então campeã. O gol da vitória veio aos 30 minutos do primeiro tempo, num carrinho de Papa Diop, seguido de dança.
Inglaterra
Na única Copa que a Inglaterra venceu, em 1966, o fator casa jogou a favor. O time comandado pelo zagueiro Bobby Moore superou na final a Alemanha Ocidental, com o famoso gol em que a bola não ultrapassou a linha. A taça foi entregue pela rainha Elizabeth II.
País de Gales
Em sua primeira e única participação numa Copa do Mundo, o País de Gales entrou para a enciclopédia do futebol em virtude de uma derrota: perdeu de 1 a 0, nas quartas de final, para o Brasil. O solitário gol foi de… Pelé. O primeiro dos 12 que marcou.
Argentina
Para os fiéis da Igreja Maradoniana, don Diego seguirá alentando, como sempre, lá de cima. O camisa 10 virou lenda com o título de 1986, especialmente pelo que fez nas quartas contra a Inglaterra: o maior gol das Copas, driblando meio mundo, e outro de mão, La Mano de Dios.
Polônia
Medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 1972, em Munique, a geração comandada por Lato aprontou, também, na Copa de
1974. Só parou diante da campeã Alemanha Ocidental. Sobrou até para o Brasil de Zagallo, derrotado na disputa do terceiro lugar.
França
A semifinal de 1982 entre França e Alemanha tinha de um lado Michel Platini e do outro Rummenigge, que entrou na prorrogação para levar o jogo ao empate em 3 a 3. Os alemães venceram. Platini, que fez um gol de pênalti, considera aquela partida a melhor que já fez em toda a vida.
Dinamarca
Em sua primeira Copa do Mundo, em 1986, a Dinamarca não tomou conhecimento do Uruguai na segunda rodada do torneio. A seleção tinha Michael Laudrup e o artilheiro Preben Elkjaer Larsen. Deu no que deu: uma sonora goleada por 6 a 1 na Celeste Olímpica. Nascia a Dinamáquina.
Alemanha
Entre as tantas glórias do futebol alemão, nenhuma se iguala à conquistada na noite de 7 de julho de 1974, quando a Alemanha Ocidental bateu a sensação da Copa, a Holanda de Cruijff, na final do Mundial, em Munique. Coube ao grande Franz Beckenbauer erguer a taça diante da torcida.
Espanha
Depois de décadas com a pecha de perdedora, a Fúria enfim ganhou a Copa do Mundo em 2010, na África do Sul, com uma geração talentosa. Casillas, Sergio Ramos, Xavi e David Villa compunham o elenco a emoldurar o genial Iniesta, autor do gol na final contra
a Holanda.
Bélgica
Foi inesquecível para os belgas a vitória por 2 a 1 sobre o Brasil, em 6 de julho de 2018, em Kazan, na Rússia. Fernandinho (contra) e De Bruyne marcaram, mas o resultado passou pela boa atuação de Romelu Lukaku na frente. O grandalhão foi um pesadelo permanente.
Croácia
Não haveria o vice na Rússia, em 2018, com o show de Modric, não fosse a inspiração dos heróis de 1998. Em sua primeira Copa como país independente (antes fazia parte da Iugoslávia) a Croácia foi a terceira colocada na França, em 1998, com o brilho de Davor Suker, artilheiro do torneio com seis gols.
Brasil
O choro de Pelé, campeão do mundo aos 17 anos na Suécia, em 1958, é o marco do início de uma era — tempo em que o Brasil, ao ritmo da bossa nova que brotava no Rio, aprendia a não se comportar mais como vira-lata. Em toda Copa é bom beber desse momento primordial.
Sérvia
Estreante como país independente, depois da dissolução da Iugoslávia, a Sérvia marcou o primeiro gol — e conquistou a primeira vitória — em Copas sobre a gigante Alemanha. O momento seminal aconteceu pela segunda rodada do Mundial de 2010, pelos pés de Milan Jovanovic.
Portugal
Em seis jogos da Copa de 1966, o craque Eusébio, o “Pantera Negra”, fez nove gols. Principal jogador daquela seleção, o atacante nascido em Moçambique é o rei do futebol português. Foi o grande responsável por levar o país ao terceiro lugar do Mundial da Inglaterra. É uma lenda.
Uruguai
Coube a Obdulio Varela a honra de erguer a taça conquistada pelo Uruguai em 1950, no triste Maracanazo diante do Brasil. Meia histórico do Peñarol, Varela achava-se velho demais para disputar a Copa — tinha 32 anos. Morreu lamentando o pranto brasileiro.
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