Guia da Copa: Espanha e Alemanha querem espantar zebras no Grupo E
Veja os destaques, as formações e os palpites para os times do Grupo E da Copa do Mundo, que tem Alemanha, Costa Rica, Espanha e Japão
Vai começar a Copa do Mundo! E, como sempre, PLACAR produziu o guia completo da competição, nas bancas em novembro com todas as informações, fichas e histórico das seleções. Confira aqui as equipes do Grupo E, que tem a Alemanha e a Espanha como favoritas, além de Japão e Costa Rica como candidatas a zebras.
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ESPANHA
Jovens furiosos
Esqueça a geração que levantou a taça em 2010 — apenas o veterano volante Busquets ainda está na seleção. O time que chega ao Catar embalado por ótimos resultados nos últimos anos é extremamente jovem, depois de uma grande renovação conduzida pelo técnico Luis Enrique. Não tem mais Xavi, nem Iniesta, mas a organização e a movimentação em campo são invejáveis e temidas pelos adversários.
Ranking da Fifa: 7º
Como se classificou: venceu o Grupo B das Eliminatórias Europeias
Participações em Copas: 15
Melhor resultado: campeã em 2010
Técnico: Luis Enrique. Meio-campista raçudo e talentoso, defendeu a Espanha em três Copas o Mundo (1994, 1998 e
2002). Como treinador, venceu a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes pelo Barcelona em 2015. Assumiu a seleção após a Copa de 2018.
Time-base: Unai Simón; Azpilicueta, Eric García, Laporte e Jordi Alba; Busquets, Gavi e Pedri; Sarabia, Asensio e Morata.
O destaque: Pedri. Ele tem só 19 anos e um porte físico franzino, mas é um meio-campista com talento de sobra e maturidade de veterano. A joia do Barcelona tem incrível capacidade de “esconder” a bola e achar
passes perigosos. Não fica nada a dever aos craques espanhóis que reinventaram o toque rápido com deslocamento incansável.
O matador: Álvaro Morata. Ele pode não ser um atacante elegante, mas quem há de negar sua capacidade de pôr a bola na rede? O centroavante do Atlético de Madri tem presença de área e capacidade de aparecer nos momentos decisivos, sempre muito bem colocado.
COSTA RICA
“Juntos até o final”
“Añíta Mikilona”. A frase em bribri, idioma autóctone do país, virou lema da seleção. “Juntos até o final”, na tradução para o português, foi responsável por unificar um grupo que passa por renovação e mescla juventude com experiência. A equipe sofreu nas Eliminatórias e precisou despachar a Nova Zelândia na repescagem.
Ranking da Fifa: 31º
Como se classificou: venceu a Nova Zelândia na repescagem mundial
Participações em Copas: 5
Melhor resultado: quartas de final em 2014
Técnico: Luis Fernando Suárez. O colombiano vai para a sua terceira Copa do Mundo. Teve dificuldades para
encontrar o time ideal com a Costa Rica, mas venceu seis dos últimos sete jogos das Eliminatórias e recuperou o prestígio.
Time-base: Navas; Fuller, Calvo, Duarte e Oviedo; Borges, Chacón, Torres e Bennette; Campbell e Venegas.
A unanimidade: Keylor Navas. O goleirão é remanescente do grupo que levou a Costa Rica às quartas
de final na Copa de 2014, disputada no Brasil — suas atuações o conduziram direto para o Real Madrid, e de lá para o PSG. Mesmo aos 35 anos, segue sendo a grande esperança de todo um país, que ele carrega nas mãos.
Esperança de gols: Joel Campbell. Aos 30 anos, ele aparece mais pela seleção do que pelo clube (hoje joga pelo León, do México). Surgiu como joia e nunca rendeu o que se imaginava, mas, com Los Ticos, cresce. É a referência na frente.
ALEMANHA
Com fome do quinto título
Esqueça o vexame de 2018, quando caiu na primeira fase. A segunda seleção mais vitoriosa das Copas depois do Brasil chega embalada rumo ao objetivo de igualar o pentacampeonato da canarinho. A Alemanha tem novamente o todo-poderoso Bayern de Munique como base e de onde veio o treinador, Hansi Flick, que deu padrão a um time mesclado de jovens e veteranos.
Ranking da Fifa: 11ª
Como se classificou: venceu o Grupo J das Eliminatórias Europeias
Participações em Copas: 19
Melhor resultado: campeã em 1954, 1974, 1990 e 2014
Técnico: Hans-Dieter Flick. Ex-meia do Bayern, foi auxiliar de Joachim Löw na seleção desde 2006 até o título no Brasil, em 2014. Assumiu como treinador do Bayern em 2019 e, logo em sua primeira temporada, foi campeão europeu. O sucesso lhe rendeu o retorno à equipe nacional.
Time-base: Neuer; Kehrer, Süle, Rüdiger e Raum; Kimmich e Gündogan; Sané, Musiala e Gnabry; Havertz.
O talismã: Thomas Müller. Ele não é um atacante habilidoso (é até um tanto “durão”), mas é inteligente e eficiente como poucos. Aos 33 anos, Thomas Müller chega para seu quarto Mundial em busca do bicampeonato e, quem sabe, até da artilharia histórica da competição: tem dez gols em Mundiais, seis a menos que Miroslav Klose. Impossível?
O cérebro: Joshua Kimmich. Não é exagero dizer que sua garra, disciplina tática e qualidade técnica fazem lembrar o kaiser Beckenbauer, Lothar Matthäus ou Philipp Lahm, os últimos capitães a erguer a taça pela Alemanha. O volante do Bayern pode até ter perfil mais discreto, mas é o cérebro de uma equipe cujo jogo se baseia em talento, força fisica e ofensividade.
JAPÃO
O horizonte dos samurais azuis
Depois de escorregar no começo das Eliminatórias, a seleção nipônica se reergueu e conseguiu a classificação ao bater a Austrália, em Sydney, e terminar em segundo em sua chave, atrás da Arábia Saudita. Tem atletas experientes como Takumi Minamino, ex-Liverpool, e deu trabalho para o Brasil em amistoso em junho (1 a 0 com gol de Neymar). Em seu sétimo Mundial seguido, o objetivo é passar de fase.
Ranking da Fifa: 24º
Como se classificou: ficou em segundo lugar do Grupo B na terceira fase das Eliminatórias Asiáticas
Participações em Copas: 6
Melhor resultado: oitavas de final em 2002, 2010 e 2018
Técnico: Hajime Moriyasu. Ex-volante da seleção japonesa entre 1992 e 1996, chegou a comandar a seleção do
Japão Sub-20 antes de assumir o time principal. Seu objetivo no Catar é tentar uma posição melhor do que a da Copa da Rússia. Difícil.
Time-base: Gonda; Sakai, Yoshida, Tomiyasu e Nagatomo; Shibasaki e Tanaka; Kubo, Minamino e Mitoma; Maeda.
O destaque: Takumi Minamino. Após passagem de pouco brilho no Liverpool, tenta reencontrar seu melhor futebol pelo Monaco. Na seleção, porém, segue com uma das referências técnicas. Meia de boa qualidade com a bola, sua maior virtude é atacar espaços e aparecer para finalizar. Disputa posição com Daichi Kamada, do Eintracht Frankfurt.
A firmeza: Maya Yoshida. O capitão é um dos zagueiros mais experientes da equipe japonesa, com 34 anos de idade e passagens pelo futebol inglês, holandês, italiano e agora pelo alemão, no Schalke 04. No Catar, o jogador disputará sua terceira edição de Copa do Mundo. É segurança no miolo da grande área.
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