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Diniz reconhece dificuldades do Brasil contra o Peru: ‘Muitos erros de passe’

Treinador da seleção destacou estado do gramado e também comentou sobre a arbitragem e a demora no gol anulado do Richarlison

A seleção brasileira venceu o Peru por 1 a 0, nesta terça-feira, 13, mas inegavelmente enfrentou diversas dificuldades para superar a equipe adversária em Lima, no Estádio Nacional, e sair com o triunfo na bagagem. O resultado positivo do Brasil só foi possível com gol anotado por Marquinhos, em bola parada, em escanteio aos 44 minutos do segundo tempo. O técnico Fernando Diniz destacou os erros que fizeram a equipe sofrer para conquistar os três pontos.

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De acordo com o treinador, o Brasil esbarrou tanto em questões táticas — aceleração em demasia da partida, erros de passes — quanto em problemas que vão além das quatro linhas.

“Os jogadores vão entender, algumas vezes não precisa nem de muita gente para fazer superioridade. É mais sobre ocupação de espaços. Tempo de passar, reter, circular a bola. No segundo, mais do que no primeiro tempo, tentamos acelerar demais, tínhamos a dificuldade do campo. Não tivemos paciência para desmanchar a marcação aos poucos. Dificultou nosso jogo. Muitos erros de passe, certamente pelo estado do campo também — muito diferente do que os jogadores estão acostumados. Belém já é diferente da Europa, o tipo de grama é totalmente diferente”, analisou Diniz.

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“A vitória é muito importante, sempre é importante vencer. Vencemos com mérito. Se no jogo da Bolívia tivemos descuido defensivo, hoje a defesa foi impecável. O Peru não chutou uma bola no gol. O Time esteve atento e compenetrado para se ajudar na marcação e eu gostei muito”.

Além disso, a arbitragem de Fernando Rapallini (ARG) também representou uma dificuldade ao Brasil — ao menos, na visão de Diniz.

“Não queria falar da arbitragem, mas não vou fugir da questão. A coisa que mais me irrita é ficar picotando o jogo e o juiz ser conivente com jogo parado. É ruim para quem quer jogar, para quem assiste, para quem paga ingresso. É difícil achar um árbitro que cobre celeridade. Naquele momento que parou o jogo, no primeiro tempo, estávamos bem, criando. E aí deu uma esfriada. Em termos de conceito, é até o que Fifa e Uefa querem… um lance duvidoso assim (gol anulado de Richarlison) não tem que ser pró-Brasil, é pró-ataque. Quando decidiram que seria invalidado, a atmosfera ficou contra. A torcida do Peru voltou completamente para o jogo, e facilitou para eles. Nesse sentido, a arbitragem teve interferência no jogo e eu gostaria que não tivesse, principalmente pela questão do tempo”.

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Confira outras respostas de Fernando Diniz na entrevista coletiva:

“Com o tempo, podemos ir adequando. Sabendo junto do Neymar a melhor estratégia para evitar o número excessivo de faltas. Depende da arbitragem. Hoje, ele não caiu nenhuma vez. Toda vez que caiu, foi falta. Caiu, levantou rápido. Treinamos bastante, tanto em Belém como aqui, a bola aérea. Define campeonato, jogo. Soubemos defender bem, tivemos chances claras, gols anulados. Acabamos fazendo pela persistência e merecimento.”

“Circulou mais a bola no segundo tempo, nem acho que foi assim. Aceleramos muito. Erramos boa parte dos passes por tentar verticalizar demais, uma característica do time, e quero potencializar isso. Para ter sucesso, precisamos porém de paciência agressiva. Saber desmanchar para aproveitar características dos jogadores hábeis e inteligentes. Foi um time que mereceu ganhar, tivemos muita imposição — ainda que pese os erros de passe. Aceleramos sempre que possível e foi uma vitória muito merecida.”

“Já falei dessa questão, estou tranquilo. Na seleção, não trato do Fluminense e lá, não trato de Seleção. Um ou dois dias mais distantes dos jogos, vamos até a CBF para trocar informações. Gosto muito de ser técnico, está sendo gostoso (dividir funções). Trabalhoso, mas amo fazer”

“Esperava dificuldades no jogo contra o Peru, falei isso desde o jogo contra a Bolívia. Existe rivalidade importante, fizeram semifinal de Copa América, final de Copa América, amistoso nos EUA que o Peru venceu. Respeitamos muito. Jogador que entrou (Grimaldo) não mudou nossos planos, sabíamos da velocidade, mas não mudamos nossa maneira de jogar. Ficamos apenas atentos”.

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