Vice do Flamengo acusa Atlético de ‘estratégia antiética’ antes de decisão
Rodrigo Dunshee voltou a esquentar clima e cutucar rival dias antes de volta das oitavas da Copa do Brasil; dirigente não explicou a declaração
Apesar de estarem localizados no Rio de Janeiro e Belo Horizonte, separadas por mais de 440 km de estrada, Flamengo e Atlético Mineiro esquentaram uma rivalidade desde a década de 80, que vive um de seus ápices. Disputando as cabeças do futebol nacional, os times decidem as oitavas de final da Copa do Brasil, na próxima quarta-feira, 13, que promete clima tenso. A ida terminou com vitória do Galo, por 2 a 1.
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O mais novo elemento foi a declaração do vice-presidente geral e jurídico do Flamengo, Rodrigo Dunshee, nesta segunda-feira, 11. Via Twitter, o diretor acusou o Atlético de realizar uma “estratégia antiética e vergonhosa” para pressionar a arbitragem. O pronunciamento aconteceu um dia depois das reclamações de Hulk e Sérgio Coelho, presidente atleticano, sobre a arbitragem de Anderson Daronco, contra o São Paulo.
Os dirigentes do Atlético Mineiro estão usando uma estratégia totalmente antiética e vergonhosa para preparar seus jogos e pressionar a arbitragem. Espero que a CBF esteja vendo o q está sendo feito. Esse tipo de conduta destrói o futebol e o leva aos níveis mais rasteiros.
— Rodrigo Dunshee (@roddunshee) July 11, 2022
Procurado por PLACAR, Dunshee não atendeu às ligações, e a suposta estratégia do Galo não foi especificada. Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, também recebeu chamadas telefônicas da reportagem, todas sem resposta. Se houver retorno, o texto será atualizado.
Neste ano, o encontro será o quarto entre as equipes, e, para avançar, o Flamengo precisa reverter a vantagem atleticana nos jogos recentes. Ainda em fevereiro, o Galo conquistou a Supercopa do Brasil sobre os cariocas, nos pênaltis. Pelo Campeonato Brasileiro, o atual campeão venceu no Mineirão por 2 a 0 e, na Copa do Brasil, na ida, a vitória foi alvinegra: 2 a 1.
Entretanto, atitudes condenáveis das torcidas acabaram chamando a atenção nas últimas semanas. Durante o duelo no Mineirão pela ida da competição, cânticos preconceituosos foram entoados pela torcida do Galo. Na sequência, foi a vez de flamenguistas prometerem clima hostil para a volta, inclusive com ameaças. O Atlético solicitou oficialmente reforço de segurança.
Por outro lado, em atitude nada apaziguadora e que preocupa – ou deveria – ainda mais a segurança para a próxima quarta-feira, 13, a Galoucura, principal torcida organizada do Atlético Mineiro, reforçou o tom hostil da partida. Em resposta a uma matéria da Itatiaia, em que a polícia do Rio admite tratar o jogo como de “alto risco”, o perfil atleticano respondeu: “Quem tem medo pula fora”.
De acordo com as posições oficiais do clube de Minas Gerais, uma fala de Gabriel Barbosa, após o jogo de ida, incitou o clima de violência. Perguntado sobre a pressão da torcida, o atacante respondeu em tom de revanche: “Quando eles forem para lá vão conhecer o que é pressão e o que é inferno.” A declaração de Gabigol virou denúncia no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), mas foi arquivada.
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