Faltam quatro meses para a Copa e nunca estive tão desacreditado
Podem falar que eu sou ranzinza, reclamão, mas está cada dia mais difícil ver uma luz no fim do túnel; ainda assim, sou brasileiro e vou torcer até o fim!
Em uma resenha depois da pelada com os amigos, um deles me pergunta: “PC, você sabe de cabeça o meio-campo da Seleção?”. Se essa pergunta fosse feita nos áureos tempos do nosso futebol, qualquer brasileiro saberia sem pensar duas vezes, mas hoje a realidade é outra! Depois de alguns segundos pensando, lembrei que é formado por Casemiro, Fred e Lucas Paquetá. Nada contra esse trio, mas eu é que devo estar mal acostumado mesmo!
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Vestir a amarelinha era um privilégio para poucos e quem era convocado fazia de tudo para permanecer no grupo. Lembro como se fosse ontem da minha primeira convocação e o quanto a gente respeitava a amarelinha. Ninguém da minha época falava que chegaria lá e atualmente qualquer jogador da base já fala em ser convocado!
A concorrência era grande e várias lendas do futebol brasileiro tiveram pouquíssimas ou nenhuma oportunidade. Ademir da Guia, Dirceu Lopes, Eduzinho, Antunes, Zé Carlos, Paulo Borges, Samarone, Alladin, Lula, Silva, Denílson, Spencer e Parada foram alguns deles e eu poderia passar horas aqui citando vários outros nomes.
Na minha época, cada clube tinha de 5 a 6 craques e tenho certeza que esses clubes batiam de frente com qualquer seleção atual. Hoje em dia, a Seleção virou um balcão de negócios e volta e meia aparece um que eu nunca ouvi falar na vida! Faltam quatro meses para a Copa do Mundo e confesso que nunca estive tão desacreditado.
Podem falar que eu sou ranzinza, chato, reclamão, mas está cada dia mais difícil ver uma luz no fim do túnel. O 10×1 (7 da Alemanha e 3 da Holanda) era pra ter sido uma lição, mas, sinceramente, acho que até pioramos de lá pra cá! Antes que falem besteira, sou brasileiro e vou torcer até o fim! Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos!
Pérolas da semana:
“Ligação direta ao jogador de lado de campo com o pé dominante chapando por dentro na cara ou na orelha da bola, elevando o jogo pegado e fazendo a transição entre os setores”.
“Chama a bola de coberta e o volante proativo que faz o encaixe com sustentação de lado com intensidade mental e atmosfera que oferece ao falso 9 uma marcação alta ou baixa para quebrar a linha de cinco e matar a bola viva ou queimando de um time espetado”.