Os jovens talentos do Boca que podem complicar o Palmeiras na Libertadores
Equipe argentina tem Cavani como a grande estrela, mas são os destaques formados na base que prometem dor de cabeça ao Verdão de Abel Ferreira; confira os nomes e como jogam
O Boca Juniors está na semifinal da Copa Libertadores e nesta quinta-feira, 28, recebe o Palmeiras, às 21h30 (de Brasília), em La Bombonera. A única equipe argentina (e não brasileira) viva no torneio continental conta com a estrela Cavani como o grande nome do elenco, mas alguns jovens talentos também são destaques. Confira outros protagonistas do time comandado por Almirón e que podem complicar o Verdão de Abel Ferreira:
A fase não é boa, mas o peso da camisa e a tradição do clube xeneize se mantêm. Após duas temporadas caindo nas oitavas, a equipe argentina precisou se reinventar e mudar a gestão para retornar às semifinais da Libertadores.
O elenco ainda conta com medalhões (como o goleiro Romero, o zagueiro Rojo e o atacante Cavani), mas as jovens promessas da base ganharam maior protagonismo com o técnico Jorge Almirón, responsável por dar uma identidade de jogo a um time que patinava em diferentes sentidos.
A esperança do torcedor xeneize em conquistar la septima passam por nomes mais desconhecidos e, de certo, promissores – principalmente um ‘colorado’ canhoto de raro talento.
Conheça cinco atletas do Boca Juniors que podem surpreender o Palmeiras de Abel Ferreira:
Nicolás Valentini
O grande trunfo do Boca Juniors é a solidez defensiva – foram apenas dois gols sofridos na fase de grupos e três empates sem gols no mata-mata, até chegar às semifinais. Ganhando cada vez mais espaço, Nicolás Valentini é parte deste sistema. O zagueiro de 22 anos, com nacionalidade argentina e italiana, é formado no próprio clube, mas acabou emprestado na última temporada aos Aldosivi, onde ganhou ‘cancha’. O defensor se destaca no jogo físico e pelo alto, tende a optar sempre pelo fácil e lidera o índice de cortes da equipe. No sistema, tende a cair sempre pela esquerda, fazendo a cobertura do lateral e/ou ponta.
Ezequiel ‘Equi’ Fernández
Assim como Valentini, Fernández também é formado nas canteras do Boca e foi emprestado para ganhar mais rodagem. Aos 22 anos, retornou na atual temporada após integrar o Tigre e se tornou peça fundamental no meio de campo xeneize. Na atual edição da Copa Libertadores, se destacou principalmente na partida contra o Racing, pelas quartas de final. No jogo da volta, fora de casa, somou oito ações defensivas e ganhou 11 duelos contra os adversários. A qualidade de Equi Fernández pelo chão chamou a atenção do futebol europeu e o meia se tornou alvo do Benfica.
Cristian Medina
Medina é o jogador jovem com mais experiência do elenco. No time profissional desde 2020/21, já soma mais de 100 jogos com a camisa azul y oro e, na teoria, completa o meio-campo junto a Equi Fernández. É um meia central de maior condução, não defensivo e nem ofensivo, mas sim de ligação entre os diferentes setores. Em uma equipe onde o trunfo está na solidez defensiva, a qualidade na saída rápida é fator crucial para as decidas em contra-ataque – Medina pode ajudar nesse aspecto, além de ser o primeiro passe do ataque posicional.
Exequiel ‘Changuito’ Zeballos
O atacante mais habilidoso e artístico do elenco. Zeballos não é uma unanimidade no time de Almirón, mas tem muita qualidade no 1 x 1 e versatilidade para atuar nos dois extremos do campo – praticamente ambidestro. Na Libertadores, nos jogos que participou, jogou pelo corredor esquerdo, mas no campeonato hermano tem atuado com maior frequência do lado direito. Independente do corredor, Changuito pode dar profundidade ao Boca ou mesmo driblar na diagonal. O problema do atacante é sua oscilação, reflexo também de problemas físicos. Na atual temporada, em 18 jogos, marcou duas vezes e serviu três assistências.
Valentín ‘El Colo’ Barco
El Colorado – referência ao cabelo ruivo – é o grande destaque deste Boca Juniors. Cria xeneize, é lateral esquerdo de formação, mas a qualidade do jovem de 19 anos é tanta que o sistema de Almirón tem como objetivo potencializá-lo, liberando Barco mais à frente no campo. Ganha liberdade para ser um lateral interior, que constrói a jogada, mas também atacar a profundidade. Neste caso, El Colo se tornou o grande arco, sendo Cavani a flecha. É o jogador com mais acertos em dribles e com mais assistências esperadas do time. Uma classificação contra o Palmeiras passa pelos pés de Barco, a maior arma de La Boca. Na última janela, quase se transferiu ao futebol europeu, com Manchester City de Guardiola, Brighton e Borussia Dortmund interessados.