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La Popular ícone blog La Popular Por Enrico Benevenutti Aqui contamos histórias do futebol sudaca, aquele que catimba y baila milongas com a bola no pé

Macri x Riquelme: a outra eleição que pega fogo na Argentina

Boca Juniors entra em reta final de eleições, em meio a disputa presidencial do país, com candidato ídolo xeneize contra ex-mandatário do clube

A eleição presidencial da Argentina terá um desfecho no próximo final de semana, dia 19, domingo. No entanto, definir o poder executivo entre o economista Sergio Massa (Unión por la Patria) e Javier Milei (Partido Libertario) não acalmará os ânimos hermanos. Isso porque outra eleição está por vir, tão complexa e acirrada quanto a citada. O Club Atlético Boca Juniors entra em votação no dia 2 de dezembro para definir seu próximo presidente. O ídolo xeneize Juan Román Riquelme disputa o pleito contra a chapa formada por Mauricio Macri, ex-presidente nacional.

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Riquelme lançou oficialmente sua candidatura nesta quarta-feira, 15, à presidência do Boca. O anúncio já era esperado e se tornou uma resposta ao concorrente Mauricio Macri, ex-presidente do clube e também da Argentina. No vídeo de campanha, torcedores xeneizes aparecem fazendo o gesto do ‘Topo Gigio’ (mãos nas orelhas) – clara referência ao embate do atleta contra o dirigente no longínquo 2001, quando ambos estavam em La Boca e não cultivavam boas relações. O gesto foi utilizado por Riquelme em vitória daquele ano por 3 a 0 contra o River e viralizou.

Macri, contudo, concorre à vice-presidência na chapa que tem Andrés Ibarra como mandatário. O dirigente lançou a campanha dois dias antes, na última segunda-feira: “O vínculo de vida me une ao clube. Hoje, não posso abandoná-lo frente a arbitrariedade, autoritarismo e prepotência que vemos. Por aí não temos futuro”, disse, criticando a atual gestão. Macri ainda falou: “Me dói ouvir sempre o torcedor do River Plate falar: ‘que continue Riquelme’.

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Para combater a idolatria de Riquelme, a chapa concorrente precisou ‘apelar’ às boas recordações da torcida deixadas por Martín Palermo, ex-atacante. El Titán não nutre boas relações com Román e tem acordo para ser o técnico da equipe no caso da vitória política. Outro trunfo de Macri está na mítica La Bombonera. O dirigente tem o projeto de construir um novo estádio, que seria o maior do continente – passando até mesmo o Más Monumental, reformado recentemente pelo rival River Plate. A projeção seria de 105 mil lugares.

É certo que Riquelme mexe com o coração azul y oro como poucos, talvez mesmo como ninguém. Ainda assim, o passado de sucesso de Mauricio Macri no Boca Juniors pode colocar em xeque a presença do ex-atleta nos camarotes xeneizes. Antes de comandar o país, o dirigente foi tetracampeão da Libertadores (2000, 01, 03 e 07) enquanto presidia o clube. Desde então, o time hermano nunca mais conquistou a América. Jejum que já soma 16 anos.

Para colocar mais fogo na eleição xeneize, em meio ao pleito presidencial argentino, Riquelme é publicamente apoiador de Sergio Massa, enquanto Macri vota no candidato da direita Javier Milei.

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Mesmo definindo a presidência do país no próximo domingo, 19, a Argentina ainda viverá dias de incertezas com a corrida eleitoral do clube de futebol nacional mais popular. E essa corrida só terminará mesmo no dia 2 de dezembro.

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