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Entorta-Varal ícone blog Entorta-Varal As novidades e curiosidades sobre o mercado de uniformes de futebol. Afinal, camisa pesa

França de verde? Quatro seleções que vestiram camisas de clubes em Copas

Em razão de conflito de cores dos uniformes e ausência de plano B, Argentina já jogou de amarelo e equipe gaúcha emprestou roupa a mexicanos

Antes mesmo de a Copa do Mundo do Catar começar, os uniformes das equipes já têm dado o que falar, seja pelo desenho ousado, por mudanças nos escudos ou pelo protesto promovido pela seleção dinamarquesa contra o país-sede. Em Mundiais passados, o figurino também chamou atenção por um motivo inusitado. Em quatro oportunidades, em épocas em que o mercado de material esportivo e a própria Copa não dispunham de grande estrutura, seleções foram obrigadas a vestir camisas de clubes para que a bola pudesse rolar. É bizarro, mas aconteceu.

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A última e mais recordada vez foi na Copa do Mundo de 1978, na Argentina, e envolveu uma das seleções mais badaladas do torneio. No fim da década de 70, muitas TVs do mundo ainda sintonizavam em preto e branco. Por isso, o choque do azul da camisa da França com o vermelho da Hungria, ambos em tonalidades escuras, precisava ser evitado. Os franceses estavam encarregados de levar um uniforme reserva, branco, mas um erro de logística impediu sua chegada.

A solução da organização em Mar del Plata foi pegar emprestado o uniforme verde e branco do clube local da segunda divisão argentina, Kimberley. O imprevisto atrasou em 40 minutos a partida, vencida pela França de Michel Platini por 3 a 1. Para piorar a situação, a França manteve seu calção azul com meias vermelhas, o que tornou a combinação ainda mais inusitada e, por que não, memorável. As camisas usadas pelos franceses nesta partida viraram verdadeiras peças de museu e circulam pelo mundo em exposições sobre a história das Copas.

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Antes, improvisos do tipo ocorreram em outras três oportunidades. A primeira foi na Copa de 1934, na Itália, quando as vizinhas Alemanha e Áustria se encontraram em Nápoles. Assim como ocorre até hoje, as duas seleções vestiam camisas brancas e calções pretos (alemães em referência à bandeira alvinegra da Prússia e austríacos em razão da Ordem Teutônica, ordem militar ligada à Igreja Católica).

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Tratava-se do segundo Mundial da história, ainda com pouca organização de rouparia, e foram até o Estádio Giorgio Ascarelli sem um plano B. A solução foi pegar emprestada um kit de camisas em azul celeste do Napoli. Mas quem teria de ceder? “Tanto a Alemanha quanto seus vizinhos estavam inabaláveis em seu desejo de jogar em seus uniformes conflitantes de camisas brancas e shorts pretos. No final, o árbitro teve que sortear, e a Áustria foi obrigada a vestir as camisas azuis do Napoli”, recorda a DFB, a associação alemã de futebol, em seu site. Mesmo empurrados pelos napolitanos, a seleção austríaca, uma das mais fortes da equipe, foi derrotada por 3 a 2.

Gaúchos na Copa e Argentina ‘canarinho’

Seleção mexicana com a camisa azul e branca do Criuzeiro
Seleção mexicana com a camisa azul e branca do Criuzeiro

Outra trapalhada aconteceu na primeira Copa do Mundo no Brasil, em 1950. No Estádio dos Eucaliptos, em Porto Alegre, houve surpresa quando a Suíça entrou em campo de vermelho e o México de grená, em tons muito semelhantes. Não havia como jogar e a solução foi correr atras de camisas de algum clube gaúcho. Os mexicanos foram derrotados tanto no sorteio do uniforme como em campo, por 2 a 1, vestindo a camisa azul e branca do Guarani-RS. 

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Para entrar para a história dos Mundiais, o Cruzeiro venceu uma disputa particular com o Grêmio, que também se dispôs a ceder camisas. A versão oficial é de que os uniformes chegaram primeiro, pois a sede cruzeirense era mais próxima, mas reza a lenda em Porto Alegre que o motivo foi outro: um churrasco oferecido à organização e à seleção mexicana. 

A outra vez em que um clube “participou” da Copa do Mundo foi na Suécia, em 1958. Na ocasião, a seleção da Argentina teve de recorrer, veja só, uma camisa amarela diante da Alemanha. O uniforme canarinho, semelhante ao do Brasil, pertencia ao IFK Malmo. Com a cor do maior rival, não deu para os hermanos: derrota por 3 a 2.

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