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Por que essa é a maior Copa do Mundo feminina de todos os tempos

Mundial será realizado entre 20 de julho e 20 de agosto, na Austrália e na Nova Zelândia, com 32 seleções lutando pelo troféu e por prêmios três vezes maiores do que há quatro anos

A expectativa é enorme – e não poderia ser diferente. A nona edição da Copa do Mundo Feminina tem os maiores números e uma coleção de ineditismos. Pela primeira vez, o torneio será disputado em dois países, Austrália e Nova Zelândia. Pela primeira vez, terá 32 seleções participantes (foram doze, em 1991, e 24, em 2019). Pela primeira vez, a Fifa distribuirá prêmios individuais às atletas que se destacarem, sendo que o total pago às seleções participantes será três vezes maior do que há quatro anos. E, mais do que nunca, o interesse pela modalidade deve ajudar a bater todos os recordes de audiência, tanto ao vivo – até maio, mais de 1 milhão de ingressos tinham sido vendidos antecipadamente, número superior ao total registrado no Mundial passado, na França – quanto pela televisão. No Brasil, a Globo e o canal CazéTV têm os direitos de transmissão.

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A competição começa no dia 20 de julho, com as neozelandesas enfrentando a Noruega no estádio Eden Park, em Auckland, a maior cidade do país. Em decorrência do fuso horário, os jogos do Brasil serão acompanhados do lado de cá do mundo no início da manhã: às 8 horas no dia 24, contra o Panamá, e às 7 horas nos dias 29 e 2 de agosto,
respectivamente contra França e Jamaica. Depois, a disputa segue nos moldes da Copa do Mundo Masculina, com
oitavas, quartas e semifinal, até a grande decisão, marcada para o dia 20 de agosto em Sydney, a maior cidade da
Austrália.

Perfil: as jogadoras que vão disputar a Copa pela seleção brasileira

Sete países estreiam na competição este ano: Marrocos, Filipinas, Irlanda, Vietnã, Zâmbia, Portugal e Haiti. Nas oito edições já realizadas, os Estados Unidos sempre foram a seleção a ser batida. Levantaram a taça na estreia, em 1991, na China; repetiram a dose em 1999, jogando em casa; e são as atuais bicampeãs, após as conquistas de 2015, no Canadá, e de 2019, na França. Outros três países conquistaram o troféu: a Alemanha, bicampeã em 2003 e 2007; a Noruega, vencedora em 1995; e o Japão, em 2011.

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O Brasil, apesar de contar com a maior jogadora de todos os tempos, foi vice em 2007 e terceiro lugar em 1999. Nossa eterna número 10, Marta, estará em campo pelo sexto Mundial consecutivo depois de dez meses afastada por causa de uma lesão no ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo. Curiosamente, o mesmo problema físico tirou da Copa as brasileiras Lorena e Ludmila, as inglesas Leah Williamson e Beth Mead, a holandesa Vivianne Miedema, a austríaca Laura Wienroither e a brasileira naturalizada americana Catarina Macario.

Alexia Putellas, estrela da Espanha e do Barcelona
Alexia Putellas, estrela da Espanha e do Barcelona

Para a felicidade de quem gosta de bom futebol, a espanhola Alexia Putellas, eleita duas vezes a melhor do mundo e desfalque da Eurocopa do ano passado justamente devido a uma lesão de ligamento cruzado anterior, está recuperada e é uma das grandes esperanças da Fúria, ao lado da meia Aitana Bonmatí, do Barcelona, premiada como a melhor jogadora da mais recente edição da Liga dos Campeões.

Entre as americanas, as principais esperanças de manter a hegemonia global são duas atacantes de 21 anos: Sophia Smith e Trinity Rodman (filha do ex-astro da NBA Dennis Rodman), ao lado das veteranas Alex Morgan e Megan Rapinoe. A australiana Sam Kerr, a inglesa Keira Walsh, a alemã Alex Popp e a canadense Christine Sinclair (que, aos 40 anos, já marcou 190 gols em partidas oficiais, um recorde entre jogadores homens e mulheres) também aparecem nessa lista de atrações do Mundial – ao lado de Marta, é claro, lenda viva.

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Trinity Rodman é filha de Dennis Rodman, astro da NBA e do Chicago Bulls

Tudo indica que será a última oportunidade para essa alagoana de 37 anos chegar ao degrau mais alto do pódio.
Há quatro anos, logo após a derrota para a França, nas oitavas de final, ela fez um desabafo, ainda dentro de campo: “É isso que peço para as meninas. Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim”.

No ano passado, sob o comando da técnica sueca Pia Sundhage, o Brasil ganhou a Copa América de forma invicta. E agora conta com Geyse, Kerolin, Ary Borges e Debinha (artilheira da era Pia, com 24 gols) para brilhar no Mundial. Boa diversão!

 

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