Cristiano Ronaldo e Messi na rota: quantos jogadores marcaram mais de 1000 gols?
Maior goleador em jogos oficiais, Cristiano Ronaldo é quem tem mais chance de entrar no clube do milésimo gol; Josef Bican lidera artilharia histórica
Depois de fazer dois hat-tricks em quatro dias pelo Al-Nassr, na Liga Saudita, o atacante Cristiano Ronaldo disparou na artilharia da competição, agora com 29 gols em 24 jogos. Aos 39 anos, o português segue como o maior artilheiro em jogos oficiais na história do futebol, com 885 gols em 1217 jogos – além de ser também o maior de uma seleção com 128 gols.
PLACAR fez um levantamento sobre a possibilidade de CR7 chegar aos 1000 gols em jogos oficias. Seguindo com sua média atual pelo Al-Nassr e contando os jogos com a seleção portuguesa, Ronaldo precisaria aproximadamente de mais 120 jogos para marcar mais 115 gols.
Como tem contrato até o junho de 2025 com o clube saudita e já vai estar com 40 anos, o atacante teria que jogar mais duas temporadas inteiras, praticamente, com sua excelente média atual de 1,02 gol por jogo. Difícil, mas não impossível.
Contando gols em jogos amistosos por clubes (não-oficiais), Ronaldo tem mais 2 gols pelo Manchester United, 4 gols pela Juventus e 13 gols pelo Real Madrid, totalizando 19 gols a mais por clubes em sua conta. Pela seleção portuguesa, o atacante tem ainda mais um gol feito nos Jogos Olímpicos de 2004. Por seleções menores (sub-17 e sub-21), ele marcou mais 4 gols.
Portanto, na soma total, Cristiano Ronaldo tem hoje 909 gols. Para chegar aos 1000 gols, precisaria de mais 91 – e aí talvez consiga essa marca até o final de 2025 se mantiver sua média de gols.
Já o argentino Lionel Messi, o segundo maior artilheiro da história do futebol em jogos oficiais com 826 gols, tem ainda mais 2 gols pela seleção olímpica, mais 6 pela seleção sub-20, mais 36 gols pelo Barcelona em jogos não-oficiais, 6 gols pelo Barcelona B, 5 gols pelo Barcelona C, 3 gols em amistosos não-oficiais pelo PSG e 1 gol pelo Inter Miami também em amistoso não-oficial. Assim, Messi totaliza 885 gols atualmente. O argentino precisaria de mais 115 gols para chegar ao milésimo. Como tem 36 anos e com possibilidade de atuar até os 40, é outro que poderia chegar lá.
Apenas alguns jogadores superaram a barreira dos 1000 gols na história do futebol. Dentre os brasileiros, Túlio e Romário contabilizam gols das categorias de base e jogos festivos, forçando bem a barra para mostrar essa conta. Pelé, com seus 1283 gols, tem também alguns em seleções militares e festivos, mas bem poucos – 25 gols. O Rei marcou 1091 gols pelo Santos, 95 pela seleção brasileira e 66 pelo Cosmos-EUA. Em jogos oficiais, foram 767 gols.
Já Josef Bican, que nasceu na Áustria e depois se naturalizou checo, marcou 1468 gols de acordo com os registros da época, sendo o maior artilheiro de todos os tempos. Porém, essa conta não é precisa, já que faltam dados de partidas amistosas e até oficiais. Assim como do alemão Gerd Müller e até do brasileiro Arthur Friedenreich — algumas fontes falavam em 1329 gols na carreira. Em jogos oficiais, porém, foram 338. E, segundo levantamento da Placar de 2019, foram 556 gols no total.
Jogadores que marcaram 1000 gols na carreira:
1. Josef Bican – 1.468 gols (805 oficiais)
2. Gerd Muller – 1.461 gols (735 oficiais)
4. Pelé – 1.283 gols (767 oficiais)
5. Ernst Wilimowski – 1.175 gols (554 oficiais)
6. Franz “Bimbo” Binder – 1.006 gols (546 oficiais)
7. Romário – 1.002 gols (772 oficiais)
8. Túlio Maravilha – 1.001 gols (578 oficiais)
Quem foi Josef Bican, o maior artilheiro de todos os tempos
Josef Bican [1913-2001], foi uma lenda do futebol entre as décadas de 1930 e 1950. Nascido em Viena, na Áustria, o centroavante canhoto defendeu o Austria Vienna e o Admira Vienna, mas fez história na extinta Checoslováquia, pelo Slavia Praga, clube pelo qual marcou mais de 500 gols. Ele também é lembrado por seu combate ao nazismo.
Bican fez parte da seleção da Áustria conhecida como Wunderteam (Time Maravilha), semifinalista da Copa do Mundo de 1934 – perdeu para a anfitriã Itália, em meio à denúncias de favorecimento à Azzurra, no auge do fascismo liderado por Benito Mussolini.
Sua mudança para a Checoslováquia teve razões políticas. Pouco antes da anexação da Áustria por parte da Alemanha nazista, em 1938, Bican rumou para Praga, onde se tornaria um ídolo, e se decidiu trocar a seleção austríaca pela checa.
Sempre como artilheiro de suas equipes, encerrou a carreira aos 42 anos, com seis títulos checos e três austríacos. Também foi treinador e recebeu uma série de homenagens em vida pelo altíssimo número de gols que marcou.
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