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Jogadores defendem Fagner e Lázaro após vexame do Corinthians

Também pressionado, presidente Duílio bancou a permanência do jovem técnico; com mudança de regulamento, Timão pode ficar fora da Copa do Brasil 2024

O Corinthians está fora das semifinais do Campeonato Paulista pela primeira vez desde 2014. No último domingo, 12, o time foi eliminado pelo Ituano, em plena Neo Química Arena, no pênaltis, após empate em 1 a 1, um resultado embaraçoso que colocou pressão sobre o técnico Fernando Lázaro e também sobre o lateral Fagner, que desperdiçou seu quarto pênalti em um duelo decisivo desde 2015.

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O lateral-direito, que já havia falhado na final da última Copa do Brasil, contra o Flamengo, contra o Audax, no Paulistão de 2016, e contra o Palmeiras, na final do Estadual de 2018, foi defendido pelos companheiros Roger Guedes e Cássio na zona mista de Itaquera. O atacante disse que Fagner pediu a bola nas cobranças alternadas para evitar que o jovem Pedinho, de apenas 17 anos, tivesse de assumir esta responsabilidade.

“Faz parte, ele [Fagner] é um cara experiente, infelizmente já errou uns pênaltis aqui. Mas ele foi homem para c… no sentido de que a gente queria blindar o Pedrinho, que é jovem, a gente queria deixá-lo por último, talvez o torcedor não viu isso. Imagina se o Pedrinho erra, talvez a pressão não fosse a mesma que está em cima do Fagner. É um moleque, e se ele se abater?”, questionou Guedes.

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Segundo Guedes, ficou combinado que até o goleiro Cássio bateria ante de Pedrinho. O goleiro também exaltou a atitude de Fagner. “Tem total confiança de todo mundo. Se você ver, ele bateu no lugar de um menino de 17 anos. Já vi muito jogador ser criticado por deixar meninos baterem pênalti, e ele foi muito homem. Por mais que tivesse errado o último pênalti que bateu, ele bateu hoje e não colocou o menino em uma situação de pressão. Lógico que o Pedrinho não teria problema de bater, mas o Fagner se portou como um líder.”

Pressão sobre Lázaro e Duílio

A eliminação foi um duro golpe para o técnico Fernando Lázaro. O presidente Duílio Monteiro Alves fez questão de bancar a permanência do treinador de 41 anos. “Não existe a menor possibilidade de mudança. É um início de um trabalho que vem evoluindo e o time, infelizmente teve uma situação no primeiro tempo que acabou com a nossa eliminação”, discursou Duílio aos jornalistas.

“São dois meses de trabalho, não é necessário falar disso [de pressão por demissão]. O vestiário está triste. Tínhamos uma expectativa grande, também pelo que time vinha jogando. Em jogo eliminatório não pode errar e não fizemos um bom primeiro tempo. Não existe a menor possibilidade de mudança. O trabalho vem evoluindo”, completo.

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Roger Guedes foi na mesma linha. “Estamos todos fechados e fechados com o Fernando. Sabemos que as críticas vão vir e é normal, mas acho que o torcedor viu que o Corinthians lutou até o final.” As cobranças sobre Duílio também tendem a crescer. Em 2023, ele pode amargar uma marca negativa que já dura 35 anos: igualar Roberto Pasqua, o último mandatário alvinegro a encerrar um mandato sem um único título, em 1987.

O Corinthians se despediu do Paulistão com seis vitórias, cinco empates e duas derrotas. Ao ficar fora da semifinal, o clube corre o risco de ficar de fora da Copa do Brasil de 2024, graças a uma mudança no regulamento da CBF. Para evitar isso, precisa vencer a própria Copa do Brasil ou a Libertadores em 2023 ou entrar na zona de classificação para a Libertadores via Brasileirão. Agora inicia a preparação para a estreia do Brasileirão, dia 15 de abril, contra o Cruzeiro, em São Paulo.

Rodrigo Corsi/Ag. Paulistão
Corinthians recebe o Ituano, em Itaquera, pelas quartas de final do Paulistão –
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