Em vantagem, Água Santa sonha em colocar Diadema no grupo das campeãs
Netuno surpreendeu o time de Abel Ferreira e venceu o primeiro jogo da decisão do Paulistão por 2 a 1; equipe de Diadema joga pelo empate no Allianz Parque
O Campeonato Paulista pode ter uma nova integrante na lista de cidades que já faturaram o título. O Água Santa, fundado em Diadema em 1981, largou na frente do Palmeiras e venceu por 2 a 1 no primeiro encontro da decisão, na Arena Barueri. Com a vantagem do empate para o jogo da volta, a equipe pode levar a taça pela segunda vez à região do Grande ABC, 19 anos depois da conquista do São Caetano.
O Netuno abriu o placar ainda no primeiro tempo, com Bruno Mezenga aproveitando o escanteio pela direita. Logo no início da segunda etapa, Abel Ferreira mexeu no Verdão e viu a troca dar resultado – Endrick deixou tudo igual -. Tudo caminhava para o empate quando, nos acréscimos, Bruno Mezenga voltou a aparecer e garantiu a vitória para o Água Santa.
O reencontro decisivo acontece no próximo domingo, às 16h (de Brasília), no Allianz Parque. O time de Diadema defende a vantagem conquistada na partida de ida e joga pelo empate, fora de casa.
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Água Santa surpreende o Palmeiras e vence por 2 a 1, na Arena Barueri, no primeiro jogo da final do Paulistão
📸Alexandre Battibugli / PLACAR pic.twitter.com/96utoJYxuU
— Placar (@placar) April 2, 2023
Com mais de 420.000 habitantes, Diadema faz parte da região metropolitana de São Paulo. Ao lado de Santo André, São Bernardo e São Caetano do Sul, forma o chamado ABCD Paulista. O sucesso surpreende não só pela pouca idade do clube, mas também pela falta de grandes investimentos – na semifinal, o time eliminou o Red Bull Bragantino, clube de Bragança Paulista gerido pela marca austríaca de energéticos e com folha salarial bem mais alta.
Bragança, aliás, é uma das seis cidades do Estado com ao menos uma taça conquistada, graças ao título do Bragantino em 1990. Santos, Itu, Limeira, São Caetano e a capital são as outras.
Disputado desde 1902, com o São Paulo Athletic como vencedor inaugural, o Campeonato Paulista tem como maior campeão o Corinthians, com 30 taças.
Confira abaixo todas as cidades e clubes campeões do Paulistão:
São Paulo
Corinthians (30 títulos)
Palmeiras (24)
São Paulo (22)
Paulistano (11)
São Paulo Athletic (4)
Portuguesa e Associação Atlética das Palmeiras (3)
Sport Club Americano, Germânia, SC Internacional, Associação Atlética São Bento (2)
Juventus, Albion (1)
Santos
Santos (22 títulos)
Itu
Ituano (2 títulos)
Tendo em vista que os quatro grandes e outros cinco clubes estavam disputando o Torneio Rio-São Paulo, o Paulistão de 2002 foi repleto de times do interior. Com 12 times, o formato de disputa foi em pontos corridos, vencido pelo Ituano, com 40 pontos. O Rubro-negro de Itu contava com nomes como Richarlyson, que mais tarde brilhou em São Paulo e Atlético Mineiro, e Basílio, ex-Grêmio, Santos e Palmeiras.
Já em 2014, marcando o início do sucesso do trabalho que levou o Ituano ao Brasileirão Série B, o título voltou ao interior. Com Juninho Paulista na diretoria e Doriva, ex-volante campeão mundial com o São Paulo, como técnico, o Galo de Itu foi campeão superando dois grandes. Após passar pelo Botafogo de Ribeirão Preto nas quartas de final, eliminou o Palmeiras na semifinal e bateu o Santos na decisão.
São Caetano do Sul
São Caetano (1 título)
Dois anos depois do vice-campeonato da Libertadores, o São Caetano despontava como uma força do ABC paulista. Em 2004, a coroação estadual chegou ao Azulão. Depois de eliminar o Santos, encarou o também emergente Paulista de Jundiaí. Duas vitórias garantiram o título do time que tinha o treinador Muricy Ramalho e os jogadores Gilberto, ex-Flamengo, Hertha Berlim e seleção brasileira, Mineiro, ex-São Paulo, Chelsea e seleção brasileira, e Euller, o “filho do vento”.
Bragança Paulista
Bragantino (1 título)
Com a família Abi Chedid totalmente no comando da gestão, ainda longe dos aportes da Red Bull, o Bragantino levou o nome de Bragança ao topo do estado em 1990. Com Vanderlei Luxemburgo no banco de reservas e Gil Baiano e Mauro Silva em campo, o Massa Bruta deixou para trás Corinthians e Santos na fase de grupos e derrotou o Novorizontino na decisão caipira, coroando a fase mais vitoriosa do clube.
Limeira
Internacional de Limeira (1 título)
Cerca de uma década após retornar ao futebol profissional, a Inter de Limeira fez história. Em 1986, treinado por José Macia, o Pepe, surpreendeu a todos, do início ao fim. Líder da classificação geral, encarou o Santos na semifinal e passou com duas vitórias, chegando para a decisão contra o Palmeiras. Em dois jogos realizados no Morumbi, que juntos reuniram mais de 180 mil pessoas, o interior se fez forte. Um empate por 0 a 0 e um 2 a 1 deram o título ao Leão.