Publicidade
Publicidade

Campeão, Palmeiras prioriza renovações em vez de reforços e divide torcida

Mesmo sendo o atual campeão brasileiro, time alviverde começa 2023 pressionado; primeira taça da temporada é disputada em dias

O Palmeiras, atual campeão brasileiro, começou 2023 em atrito com parte da torcida. Após a diretoria optar por priorizar renovações de contrato, e o Campeonato Paulista começar com dois empates nas primeiras três rodadas, protestos já foram ouvidos da arquibancada durante o 0 a 0 com o São Paulo, no último domingo, 22. Outro ponto que escancara a tensão é os muros do Allianz Parque terem amanhecido pichados no dia seguinte ao clássico.

Publicidade

Assine #PLACAR digital no app por apenas R$ 9,90/mês. Não perca!

O principal alvo foi Leila Pereira, presidente do clube, e a diretoria como um todo. Reivindicando reforços, frases como “Queremos jogadores”, “Diretoria fraca” e “Acorda blogueirinha” foram escritas na parede do estádio, sendo esta última em referência à atividade da dirigente nas redes sociais.

As críticas à diretoria aumentaram com a saída de dois dos principais jogadores da última temporada, Gustavo Scarpa e Danilo, que foram para o Nottingham Forest, da Inglaterra. O meia deixou o clube logo no fim do ano passado, em fim de contrato, enquanto a saída do volante foi concretizada há poucos dias, por 20 milhões de euros (cerca de 110 milhões de reais). A ausência de reposições é o que mais incomoda a torcida.

Publicidade

A postura do Palmeiras no mercado é coerente com a estratégia de renovações recentes. O atacante Dudu e o zagueiro Gustavo Gómez, ídolos e titulares absolutos, tiveram seus vínculos estendidos, assim como o volante Zé Rafael, outra peça importante – tudo isso gera gastos ao clube. Além disso, houve o “reforço” do jovem Endrick, maior promessa do time, que subiu para o profissional no meio de 2022 e figura no atual plantel, com a expectativa de suprir a necessidade por um goleador.

O técnico Abel Ferreira minimizou os reforços e pediu parcimônia aos torcedores: “O que eu tenho para dizer para os torcedores é que fiquem calmos e tranquilos. Não consigo entender a ansiedade. Temos clubes como o Liverpool, que ano passado não ganhou nada, com o mesmo treinador e jogadores. Não vamos ganhar sempre, é bom que as pessoas entendam. A gente gosta de comer filé mignon, mas às vezes temos que comer uma coxinha de frango”.

Mesmo pontuando que o time precisa de critérios para contratar, a fim de não cometer erros nem abusar dos gastos, Abel também admitiu que seria positiva a chegada de novas peças. “Entendo os torcedores, queremos que venham (reforços), não muitos. Se sair, precisamos que entrem. Um, dois jogadores, não mais do que isso. Tem que vir trazer qualidade”.

Publicidade

O Palmeiras volta a campo nesta quarta-feira, 25, contra o Ituano, no Estádio Novelli Júnior. O jogo é o último antes de o time viajar a Brasília, onde enfrenta o Flamengo, pela Supercopa do Brasil, valendo o primeiro troféu da temporada. Apesar de se tratar de um título menos importante, um revés pode pesar ainda mais no clima entre diretoria e parte da torcida.

Publicidade